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O talento e o faro de gol que caracterizam os dois camisas 9 do Atletiba de amanhã, às 17 horas, na Arena, são as únicas semelhanças entre Alex Mineiro e Keirrison. No resto, a dupla tem histórias diferentes, idades distantes e objetivos distintos para a seqüência da carreira.

O coxa-branca Keirrison, de 18 anos, saiu há pouco mais de um ano das categorias de base, conquistou logo de cara a torcida, mas sofreu com uma lesão no joelho direito que o deixou 11 meses parado.

Do outro lado, o rubro-negro Alex Mineiro está perto de completar 32 anos (em 18 de março) e já conquistou título estadual, nacional e até jogou no exterior. Mesmo assim, o retrospecto dele contra o Coritiba é irregular.

Em cinco confrontos, foram duas vitórias, duas derrotas e um empate (aproveitamento de 46,6%). Apesar de ser sempre lembrado como o maior herói da conquista do Brasileiro de 2001 (marcou oito vezes nas quatro partidas decisivas), o centroavante ainda tem uma dívida na Baixada: jamais balançou as redes do Coritiba.

"Tomara que o Alex desencante agora e nos ajude a conquistar esses três pontos tão importantes para o Atlético", torce o goleiro Cléber.

O artilheiro, autor de 46 gols com a camisa rubro-negra, não foi selecionado pela assessoria de imprensa do clube para dar entrevistas. O jogador falou pela última vez após reestrear com dois gols na goleada por 5 a 1 sobre o Nacional de Rolândia, há uma semana, na Arena.

"Ele é muito importante para nós. Marcou história no Atlético pelo seu faro de gol. Se ano passado todo mundo dizia que a gente não tinha um atacante de referência na área, agora, com o Alex, ninguém mais poderá reclamar", reforça o camisa 1.

Enquanto isso, a revelação do Alto da Glória ainda busca a afirmação. Voltou a ser titular apenas há três rodadas, já fez dois gols no período e quer repetir o feito diante do maior rival alviverde.

Mesmo sendo o seu primeiro jogo frente ao Atlético como profissional, Keirrison não se intimida. Sabe o que um gol no clássico representa e quer usar a visibilidade do confronto para começar a conquistar espaço na seleção sub-20 que vai disputar o Mundial da categoria, em junho, no Canadá.

"O gol no Atletiba é muito importante. Tem muita gente vendo e especialmente eu, que desejo disputar o Mundial pela seleção, quero fazer um ou dois gols para ajudar o Coxa a sair com a vitória", revela.

O oportunismo de Keirrison e a rapidez da juventude coxa-branca abrem a lista de preocupações do técnico Oawaldo Alverez. Descartando o favoritismo imposto pela turma do Alto da Glória, Vadão recorreu a um exemplo pessoal para alertar o elenco sobre os perigos de se enfrentar um time renovado, ainda em busca de aspirações na carreira.

"Em 99, aqui mesmo no Atlético, eu tinha uma equipe muito jovem, com Lucas, Adriano, o Kléberson começando, e mesmo assim nós vencemos o Coritiba lá dentro (Couto Pereira) por 4 a 1 e conquistamos a seletiva da Libertadores. Por isso aqui estamos todos cientes das dificuldades que nos esperam", comenta o treinador, cujo retrospecto em Atletibas aponta duas vitórias, dois empates e três derrotas – desempenho de 38%.

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