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Veja infográfico com o desempenho e a situação das duas equipes nos últimos jogos |
Veja infográfico com o desempenho e a situação das duas equipes nos últimos jogos| Foto:

Volta de trio embala o Coxa

O Coritiba está há cinco jogos sem perder e venceu os últimos três. É a melhor sequência que o time encaixou no campeonato – anteriormente, o máximo que havia conseguido foram duas vitórias seguidas. Momento que coincide com a reedição de um trio fundamental para o recorde de 24 vitórias consecutivas alcançado no primeiro semestre: Davi, Marcos Aurélio e Rafinha (foto) atuando como meias-atacantes.

O retorno de Davi, recuperado de lesão, permitiu que o trio fosse recomposto na vitória por 3 a 1 sobre o América-MG. Eles também estiveram juntos no 2 a 0 de domingo sobre o Flamengo. Apenas no triunfo fora de casa por 2 a 0 sobre o Palmeiras houve uma alteração: suspenso, Rafinha deu lugar a Éverton Costa. A dinâmica de jogo, porém, foi a mesma.

Os gols também voltaram. Se o Coritiba havia passado em branco nos empates com Bahia e São Paulo, foram sete bolas na rede contra América-MG, Palmeiras e Flamengo. Davi marcou duas vezes, enquanto Rafinha balançou a rede em uma oportunidade. Os outros gols foram de Leonardo (dois), Jéci e Maranhão. (GR)

Atlético se apega a "cascudos"

Pior ataque do campeonato, com 34 gols, o Atlético pode apostar em três jogadores amanhã contra o São Paulo, às 20h30, na Arena: Paulo Baier (foto), Guer­rón e Nieto. Nas últimas 11 rodadas, eles fizeram todos os gols do time (10).

No período, o Furacão não mar­cou em quatro oportunidades, contra Fi­­guei­­ren­­se (0 a 0, na Arena), Ba­­hia (0 a 1, em Salvador), Avaí (0 a 3, em Flo­­ria­­nópolis) e Botafogo (0 a 2, no Rio). Nos outros sete jogos cou­be aos "cascudos", como diz o técnico An­­tônio Lopes, fazer a diferença. Nieto fez quatro: dois sobre o Inter (2 a 0, na Arena) e dois no Atlético-GO (2 a 1, na Arena). Baier outros quatro, contra Fluminense (1 a 1, na Arena), Vasco (2 a 2, na Are­­na), Ceará (1 a 0, na Arena) e Co­­rinthians (1 a 2, em São Paulo). Guerrón fez um no Santos (1 a 4, em São Paulo) e o outro sobre o Vasco.

Amanhã os dois times terão desfalques no ataque. O são-paulino Luís Fabiano e o ateticano San­­tiago García estão suspensos – o uruguaio, aliás, voltou a jogar contra o Corinthians após quase um mês afastado por precaução devido ao doping no país natal, mas tomou o terceiro amarelo. (RM)

  • Rafinha, do Coritiba, e Paulo Baier, do Atlético

Os rivais Coritiba e Atlético vi­­ram na última rodada as respectivas pretensões no Brasileirão irem para caminhos opostos. En­­quanto o Alviverde nunca teve tan­­ta esperança de chegar à Libertadores na metade final do campeonato (10%), o Rubro-Ne­­gro jamais esteve tão perto do rebaixamento, com 86% de probabilidade – números do matemático Tristão Garcia, do site Infobola.

Estatisticamente, ainda é mais fácil o Furacão se livrar da degola do que o Coxa chegar ao torneio continental: precisa de menos pontos para atingir o objetivo e se salva com certeza se vencer todas as partidas. Mas a variação dos números nas últimas rodadas mostra que os coxas-brancas podem ter esperança e os atleticanos precisam começar – se já não começaram – a rezar.

No caso do Coritiba, que vem de três vitórias seguidas, Garcia é enfático: precisa vencer todos os jogos que ainda tem pela frente, contra Atlético-MG (fora), Santos (casa), Avaí (casa) e Atlético (forma). Desta forma chegaria aos 63 pontos e provavelmente entraria na Libertadores.

Apesar de não ser garantia. "Arrisca esse número aumentar. O que o Coritiba precisa fazer é vencer os seus jogos e torcer para os adversários diretos perderem ou empatarem quando jogarem entre si. Além disso, é bom o Vasco ganhar de todo mundo, já que está classificado [por ser campeão da Copa do Brasil]", disse o matemático.

Segundo ele, se o Alviverde ven­­cer apenas três dos quatro jogos restantes deve morrer na praia apesar da reação. "Há menos de 40% de chance de garantir a vaga com esta pontuação [60]", cravou. Com 61 pontos – três vitórias e um empate –, a porcentagem subiria para cerca de 50%.

Entre os concorrentes diretos, porém, o Alviverde é um dos que mais cresceu recentemente. Contabilizados os últimos cinco jogos, obteve 11 pontos, perdendo somente para o Figueirense, que arrancou e somou os 15 em disputa. Rendimentos superiores aos de Fluminense, Botafogo, Flamengo, São Paulo e Inter­­nacional.

No Atlético, o futuro na Pri­­meira Divisão passa pelo desempenho desta semana. O Furacão enfrenta o São Paulo amanhã, na Arena, e o Cruzeiro, domingo, em Sete Lagoas. "Esse [último] é o jogo-chave", avisou Tristão.

De acordo com o matemático, a probabilidade de o Furacão cair aumentou por causa da vitória do Cruzeiro sobre o Internacional no domingo, quando o mais es­­perado – pelas lógicas aritméticas – era um empate. Agora, a disputa restringe-se a uma espécie de triangular com o time mineiro e o Ceará. Por isso, ultrapassar a Raposa, que tem três pontos e duas vitórias a mais, é tão importante.

"Há 89% de chance de dois destes três times serem rebaixados", apontou Tristão, lembrando que o confronto direto entre Ceará e Cruzeiro, na penúltima rodada, em Fortaleza, também será fundamental nas contas.

Nas duas últimas rodadas, o Furacão ainda enfrenta América-MG, em Sete Lagoas, e Coritiba, na Arena. Nas contas do técnico Antônio Lopes, três vitórias se­­rão o suficiente para o time escapar. Com isso, a equipe chegaria a 43 pontos.

Tristão observa que, para afastar qualquer risco, é necessário mais. "Com 44 pontos há 98% de chances de permanecer na Série A. Mas este número talvez suba. Tudo depende do desempenho desses três times [Ceará, Cruzeiro e Atlé­­tico]", finalizou o matemático.

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