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Zetti diz não haver favoritismo no clássico | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Zetti diz não haver favoritismo no clássico| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

O mundo esportivo está surfando uma grande "onda verde". A mobilização para superar os problemas ambientais, provocada principalmente pelo medo de calamidades naturais em escala planetária, está motivando a multiplicação de iniciativas ecologicamente corretas na esfera esportiva.

Até pouco tempo atrás, ninguém imaginaria ver um estádio de futebol com arquibancada de grama, carro de Fórmula 1 estampando a imagem da Terra no lugar da tradicional pintura de logotipos de patrocinadores e um grande complexo aquático projetado com arquitetura de vanguarda especialmente para e economia de energia. Próximos ou distantes, em Curitiba ou no Japão, esses são apenas alguns dos muitos exemplos de ações que, aos poucos, mostram que o engajamento às causas ecológicas chegou para valer no meio esportivo.

Quarta colocada no mundial por equipes do ano passado, a Honda, que tem no brasileiro Rubens Barrichello um dos seus pilotos, está largando na pole position na corrida pela proteção do planeta. Na última segunda-feira, o time surpreendeu no lançamento do carro que será usado nesta temporada, o RA107. Na pintura do modelo, em vez de marcas de patrocinadores, apenas uma fotografia do planeta feita por satélite e o endereço de um site criado pela escuderia (www.myearthdream.com) com a finalidade de arrecadar fundos para causas ambientais. Pessoas e empresas que contribuírem terão seus nomes em tamanho microscópico gravados no carro.

Segundo a diretoria da Honda, a idéia é usar a grande projeção da principal competição do automobilismo mundial em proveito de uma causa nobre. "A F-1 é um aparelho de comunicação tremendamente poderoso, com público e alcance global. Acreditamos que sua enorme visibilidade pode ter um papel importante, não apenas chamando a atenção para os problemas, mas também fazendo a sua parte no desenvolvimento de soluções", disse Nick Fry, chefe de equipe da Honda, em declaração publicada no site oficial da escuderia.

Este ano, outra importante categoria automobilística, a Indy Racing League (IRL), será a primeira a utilizar um combustível totalmente renovável, o etanol, em substituição à mistura composta pelo poluente metanol com o próprio etanol. Todos os motores tiveram de ser adaptados ao álcool. Para o futuro, estuda-se a utilização da Fórmula 1 de combustível feito à base de beterraba.

Nem mesmo a Olimpíada ficou de fora dessa tendência. Os próximos Jogos Olímpicos, em Pequim, no ano que vem, já chegaram até a receber a alcunha de olimpíada verde. Os chineses, que se comprometeram a melhorar a qualidade do ar e do meio ambiente antes do evento, estão investindo pesado no combate à poluição (cerca de US$ 2,57 bilhões, somente em Pequim, segundo a Agência Reuters) e na construção de símbolos da cruzada em favor da proteção à natureza.

Um desses ícones é o Cubo de Água, cuja construção deve ser concluída no final deste ano para receber, em 2008, as competições de natação, saltos ornamentais e pólo aquático. Além de causar um grande impacto visual, o espaço é revestido por uma membrana que absorve radiação solar e utiliza essa energia para o aquecimento das piscinas.

Na capital paranaense, o Atlético adotou uma medida que, além do benefício financeiro, traz o ganho ambiental a reboque. É a substituição do aquecimento a gás por um sistema de bombas que captam o calor do solo ou de massas de água. Ele será empregado nas piscinas, hotel, lavanderia e cozinha do centro de treinamento do clube, evitando a emissão de gases poluentes para a atmosfera, já que o calor é gerado sem chamas.

"Além da significativa redução de custos, da ordem de 80%, o novo sistema é mais seguro e não polui", ressalta o diretor de patrimônio do clube, Alberto Maculan.

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