Boleiros - Goleiros reeditam "clássico" nas urnas
Dois famosos ex-goleiros são os representantes dos boleiros que tentam virar políticos no Paraná. Rafael Cammarota passou por Atlético e Coritiba, entre outros clubes era o camisa 1 do time alviverde campeão brasileiro em 1985. Filiado ao Partido Verde (coincidência calculada), disputa uma cadeira na Assembleia Legislativa. Já Raul Plassmann, criado nas divisões de base do Furacão e do Coxa, almeja o cargo de deputado federal pelo Partido Social Cristão.
A dupla embarca de maneira diferente nesta eleição. Ex-secretário de Esportes no primeiro mandato de Beto Richa (2005-2008) na prefeitura de Curitiba, Plassmann é mais experiente. Fala em criar leis que possam resultar na criação de uma política esportiva para o estado. "Não há uma referência no setor em Curitiba e no Paraná. A capital, por exemplo, não conta com ginásio municipal, com uma pista de atletismo em boas condições... Enfim, há muito o que fazer", ressalta ele, que anda meio ressabiado com a lotação de políticos de carreira em cargos essenciais para o desenvolvimento da área. "É a mesma coisa de eu ser chamado para ser ministro da Agricultura. Não posso, não entendo. Deste modo nada vai para frente", afirma, calculando obter "150 mil votos baixo" em outubro.
Falastrão, Cammarota já elaborou projetos antes mesmo de sacramentar o primeiro mandato. "O esporte é a minha principal bandeira, mas não a única", abre, emendando as três ideias que tem na cabeça para encaminhar ao plenário caso eleito. "Vou fazer a Casa do Atleta [espécie de Retiro dos Artistas para a classe], a Fundação Rafael Cammarota [para tirar crianças da rua] e um projeto para que ex-jogadores necessitados deem aula de futebol em comunidades carentes", descreve, incorporando o discurso "politiqueiro".
Há boleiros/candidatos também em outros estados. No Rio de Janeiro a dupla de ataque campeã mundial em 94, Romário e Bebeto, retoma a dobradinha para tentar se eleger deputado federal e estadual respectivamente. Em São Paulo, os ex-corintianos Marcelinho Carioca e Vampeta estão na rua à caça de votos. Tudo para encorpar a bancada da bola em Brasília (DF). (CEV)
Beto Richa (PSDB) ou Osmar Dias (PDT). Se nenhuma reviravolta acontecer, um dos dois será o novo governador do Paraná a partir de janeiro. A dupla de ex-correligionários caminhou junta até o tucano decidir abrir mão de parte de seu segundo mandato como prefeito de Curitiba e entrar na disputa pelo Palácio Iguaçu. O pedetista, evidentemente, não gostou da "traição". Viraram adversários ferrenhos, com visões e proposições diferentes. Distanciamento escancarado quando o assunto é política esportiva. Osmar vai na linha de investir na base, mantendo a atual política. Richa prega a ruptura do atual modelo. A Gazeta do Povo entrevistou os favoritos a herdar a cadeira de Orlando Pessuti (PMDB) por e-mail, polarizando a discussão já que os demais concorrentes não atingiram nem sequer 1% nas últimas pesquisas.
Esporte no Paraná
Beto Richa: "O objetivo é melhorar e ampliar a infraestrutura já existente, criando novos centros de desenvolvimento, em parceria com clubes, prefeituras e entidades ligadas ao setor. Vamos estruturar a prática do esporte por meio de competições em nível municipal e regional. E apoiar atletas e paraatletas por meio de uma Lei Estadual de Incentivo ao Esporte."
Osmar Dias: "Nossa proposta é direcionar, e bem, os recursos do estado para o esporte para que a formação de atletas seja uma decorrência de uma boa política. Destaco aqui que uma das portas que vamos abrir para os nossos futuros atletas estará no Começando no Esporte, programa que vai promover a iniciação esportiva nas escolas."
Atual momento
B.R.: "O esporte foi tratado pelo estado com grande descaso nestes últimos anos. Quero instituir uma política estadual em conjunto com os municípios e as universidades estaduais, em sinergia com as federações e associações, cujo know-how e experiência foram desprezados no atual governo."
O.D.: "As diretrizes de nosso programa de governo preveem estimular nos cursos de Educação Física a constituição de equipes esportivas de alto nível; receber os atletas destacados nas escolas; investir em infraestrutura com técnicos incentivados com bolsas de estudo e oportunidades de mestrado e doutorado."
Alto rendimento
B.R.: "Vamos captar recursos junto a empresas que se disponham a investir em projetos consistentes, que ofereçam uma contrapartida social."
O.D.: "Temos de separar o público do privado. Creio que muitas iniciativas no campo esportivo dependem das respectivas federações e políticas de atração de recursos da iniciativa privada."
Ginásio do Tarumã
B.R.: "Houve algumas reformas no Tarumã, mas há dúvidas se foram suficientes para que o ginásio abrigue grandes eventos, de caráter nacional ou internacional. Pode funcionar como um centro avançado de treinamento e voltar a ter eventos de maior magnitude."
O.D.: "O ginásio do Tarumã tem uma estrutura belíssima que necessita de cuidados permanentes. Faz parte da história esportiva do Paraná e conservá-lo é imperativo para qualquer governante que ama esta terra."
Novo ginásio B.R.: "O Ippuc [órgão da prefeitura de Curitiba] fez um projeto que foi submetido ao Prodetur [Ministério do Turismo]. O órgão ainda não deu resposta, mas estamos bastante confiantes. Tem viabilidade técnica e Curitiba tem capacidade para oferecer a contrapartida."
O.D.: "Entendo que mais importante do que construir é desenvolver o esporte na base. Há inúmeros casos de belíssimas arenas que se encontram abandonadas por falta de um calendário esportivo intenso."
Arena e Copa
B.R.: "Participei das conversações com o Ricardo Teixeira para que Curitiba fosse definida como uma das cidades-sede. Tudo indica que o estado, a prefeitura e o Atlético chegaram a um consenso. E a solução [uso do potencial construtivo] é adequada, pois envolve o emprego de recursos privados."
O.D.: "A confirmação de Curitiba como uma das sedes da Copa foi perseguida pelo governo do Paraná, que deu as garantias necessárias para que a candidatura não passasse de uma peça de marketing. A Arena deve ser o estádio sede. E, no que depender do nosso governo, Curitiba terá a relevância que merece e que lhe é de direito."
Copel no esporte
B.R.: "Sou contra o uso de recursos públicos, sejam da Copel ou de qualquer órgão da administração estadual ou de empresa pública."
O.D.: "Muito se fala sobre investimentos de recursos públicos em empreendimentos privados, porém não podemos esquecer que existe toda uma legislação que limita e determina como devem ser esses investimentos."
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