O emprego de Comelli está por um fio
Reuniões movimentaram a segunda-feira do Paraná. Insatisfeita com o desempenho do time, a diretoria tricolor resolveu agir e deixou claro que o técnico Paulo Comelli pode perder o emprego se o clube não vencer o Cianorte, quinta-feira, na Vila Capanema. Por ora, quem perdeu o emprego foi o preparador físico Manoel Santos, contratado há 29 dias. Ele será substituído por Marcos Walczak ou Rodrigo Resende, ambos já funcionários do clube.
O Paraná tem o vice-artilheiro do Paranaense, o atacante Danielzinho. Mas os cinco gols que marcou foram para o Iguaçu, a quem o atleta foi emprestado, como parte da parceria firmada entre os dois clubes. Enquanto o Pantera da Fronteira se beneficia do acordo, o Tricolor beira a zona de rebaixamento da competição e o técnico Paulo Comelli reclama a falta de um avante de velocidade.
A mesma velocidade que é a principal caraterística de Danielzinho, que, contratado em janeiro, nem sequer vestiu a camisa paranista, indo direto para União da Vitória. O atleta chamou a atenção na Copa Paraná do ano passado, da qual foi campeão pelo Londrina, e tem vínculo com o Paraná até 31 de maio.
O jogador de 25 anos é o investimento da Base empresa que gerencia as categorias de base do Tricolor no futebol profissional. Para contratá-lo, o Paraná cobriu a oferta que o Cianorte fez ao atleta, em dezembro. "É um jogador que fez a diferença no Londrina e queria continuar contando com ele", diz o técnico do Cianorte, Nei César, que comandou Danielzinho no LEC em 2008.
Tanto esforço, porém, não rendeu nem sequer um teste no elenco principal na Vila. Danielzinho já sabia que seria emprestado a outro clube. E resolveu aproveitar a oportunidade. No Iguaçu, marcou mais que todo o ataque paranista: dos sete gols do Tricolor no Estadual, só dois foram dos avantes (marcados por Wellington Silva, na vitória por 2 a 0 sobre o Engenheiro Beltrão).
Com isso, a diretoria paranista já considera prorrogar o contrato do atacante para a Série B.
"São coisas do futebol. Optamos por emprestá-lo por não conhecê-lo bem e, felizmente, ele está sendo essa boa surpresa", diz o vice-presidente paranista Márcio Villela. O próprio Danielzinho não esconde que gostaria de ser o reforço que Comelli pede. "Mas agora estou focado no Iguaçu", desconversa.
Caso o jogador venha mesmo para a Vila, a dúvida é quem lucraria com uma possível negociação de seus direitos federativos. "Isso ainda não foi discutido", diz Villela. Se seguir a regra adotada para atletas formados no clube, metade dos lucros seria do Paraná e a outra metade, da Base. Para jogadores profissionais ainda não há um acordo, visto que a Base tinha por discurso não se envolver com o time principal.
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