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Eis que finalmente o Pinheirão foi arrematado em leilão depois de anos de falta de cuidado com a coisa comum – a Federação e todos os clubes são entidades privadas com responsabilidade pública pelo elevado interesse do povo com o futebol. Entre os credores o maior é o Atlético, responsável pela edificação do estádio da Federação.

Este é apenas mais um capítulo da confusa e intrincada história dos estádios e arenas do futebol paranaense. O Coritiba construiu sua casa em 1932, iniciou a reforma em 1958 e os atuais dirigentes procuram um terreno para nova praça tendo em vista o desgaste natural do Couto Pereira.

Até o Pinheirão entrou na pauta e pode voltar, dependendo das negociações com o novo proprietário. O Paraná herdou o Durival Britto na cota do Colorado na fusão com o Pinheiros. Construído pela Rede Ferroviária para o Clube Atlético Ferroviário, acabou servindo de palco para dois jogos da Copa de 1950.

O Atlético partiu para a construção do quarto estádio nos últimos 30 anos. Ao contrario do que muitos imaginam o terreno da Baixada não foi doado pela família de Joaquim Américo, até porque a área pertencia a família Hauer e foi adquirida pelo cafeicultor Luís Guimarães – construtor do Castelo do Batel – que apesar do sobrenome não era parente de Joaquim Américo.

Tendo recebido do governo a doação do terreno em que se encontra o Círculo Militar do Paraná, o Atlético trocou o local pantanoso em torno do Passeio Público por uma área no Juvevê. Mais tarde o clube permutou com o governo o terreno onde esta a Faculdade de Agronomia pela Baixada e o interventor Manoel Ribas autorizou o pagamento ao empresário Luís Guimarães.

Em 1939 foi inaugurada a primeira arquibancada de alvenaria, com projeto do atleticano e depois governador do estado Bento Munhoz da Rocha Netto. Na década de 80 o Atlético embarcou na aventura do Pinheirão, com a FPF sendo comandada pelo ex-presidente do clube: Onaireves Moura. Os atleticanos adquiriram 80 camarotes e 16 mil cadeiras e boxes de estacionamento celebrando contrato que resultou no crédito de R$ 17,5 milhões.

Com a baixa frequência de público, o clube retornou à Baixada e foi reconstruído o Joaquim Américo com o apoio do ex-governador Ney Braga, liderando a arrecadação de material e recursos financeiros para a obra. Três anos depois, foi tudo colocado abaixo, surgindo à moderna Arena, que, surpreendentemente, durou pouco mais de uma década sendo colocada abaixo para a construção da Arena da Copa.

Como estão recebendo R$ 3 bilhões do PAC da Copa para obras no estado e na capital, o governo e a prefeitura de Curitiba decidiram investir na construção da Arena do Atlético, cujo custo inicial de R$ 120 milhões foi quase dobrado diante das novas exigências da Fifa. E a marcha da história continua.

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