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Entenda como funcionaria auxiliar extra |
Entenda como funcionaria auxiliar extra| Foto:

Memória

Erro grosseiro ganhou fama em 2005

Em 2005, um erro de arbitragem impediu uma grande zebra no Paranaense. O Império do Futebol, um dos extintos clubes do estado, vencia o Atlético na Arena por 2 a 1. O Império era o lanterna, seus jogadores viviam nos alojamentos do Pinheirão e, descobriu-se depois, pagaram para ter uma vaga no time. Mesmo assim, surpreendia.

Em campo, Fabrício, Marcão, Cocito, Lima e Dênis Marques, entre outros, penavam para buscar a igualdade. O Império chegou a abrir 2 a 0, mas Baloy descontou. Até que, aos 26 minutos do segundo tempo, a bola veio cruzada da esquerda e Willian arrematou. Ela passou ao lado da rede, tocou a placa de publicidade e voltou, parando perto do pé da trave. O meia levou as mãos à cabeça: o Atlético perdia mais um gol. Ainda no chão, viu algo inusitado. O árbitro José Francisco de Oliveira correu para o meio: gol. Reticente, saiu comemorando. Os protestos de nada adiantaram. O jogo acabaria 2 a 2.

O lance pitoresco correu o Mundo. Mas em tempos de erros grosseiros em Mundial, ninguém parece se espantar mais. "Depois do que nós vimos na Copa, onde a nata da arbitragem estava, e aconteceram erros, o que eu posso dizer?", diz Afonso Vítor de Oliveira, da Comissão de Arbitragem local, para concluir: "Enquanto um humano estiver com o apito, vai haver erro."

Depende da aprovação dos clubes do estado a inclusão de dois assistentes, ambos atrás das metas, para o Paranaense 2011. A medida foi liberada ontem pela Fifa e tem o objetivo de atenuar equívocos dentro da área.

Após as polêmicas arbitragens na Copa do Mundo, a entidade resistiu em colocar tecnologia no jogo, porém cedeu a testes para que mais auxiliares possam impedir lances como o que ocorreu em Alemanha 4 x 1 Inglaterra: chute de Lampard no qual a bola entrou 33 centímetros e o gol não foi validado.

A CBF autorizou as federações locais a fazer a experiência no próximo ano. No Rio já se determinou o uso da medida para o próximo Estadual; no Paraná, o problema é financeiro.

"Somos favoráveis. Agora, o fato é que vai onerar. Será que os clubes aceitarão?", questiona Afonso Vítor de Oliveira, presidente da Comissão de Arbitragem local.

Segundo ele, o custo subiria em cerca de R$ 800 por jogo. Ou seja, comparando com a tabela de 2010, os clubes que foram sete vezes mandantes na primeira fase gastariam R$ 5.600 a mais. Os que mandaram seis partidas, R$ 4.800. Isso sem contar os jogos das fases decisivas – após a extinção do supermando, o formato ainda não está definido.

Custo considerável para um campeonato de pouca arrecadação. "Nas segunda e terceira divisões, não queriam aceitar nem o quarto árbitro. Mas como é obrigatório, engolem", conta Oliveira, ao mesmo tempo em que argumenta: "Não é um valor exorbitante pelo benefício que poderia trazer. Tem de ver se os clubes não vão se opor. Eu acredito que não."

O arbitral do Paranaense 2011 deve acontecer até outubro. A reunião debaterá, além da utilização de mais dois auxiliares, o valor da taxa de arbitragem e a nova fórmula de disputa. A decisão dos clubes pode aumentar ou diminuir a responsabilidade dos árbitros em lances polêmicos, de acordo com um dos principais juízes do estado, Evandro Rogério Roman.

"Tem de jogar aberto com os diretores. Não querem? Tudo bem, mas então eu não aceito reclamações. Tem de arcar com o ônus de eventuais erros", diz, argumentando em prol da adoção da medida: "Humanamente, com as limitações que temos, você não consegue ver tudo."

No Brasileiro, os paranaenses já reclamaram do apito nas Séries A e B. O Atlético chegou a manifestar-se oficialmente na CBF em três derrotas, citando o carioca Marcelo de Lima Henrique (derrota para o Corinthians – 1 a 2), o paulista Wilson Luiz Seneme (tropeço diante o Cruzeiro – 0 a 2), e o pernambucano Nielson Nogueira Diaas (queda frente ao Vasco –1 a 3).

Roman, que apita nas duas divisões, é taxativo: "Garanto que com os novos auxiliares os erros diminuirão em pelo menos 70%."

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Interatividade

Você acha que valerá a pena, apesar do ônus financeiro, o uso de mais dois auxiliares no Paraná?

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