Tricolores
Malas prontas
O volante João Paulo não treinou ontem e já está de malas prontas para o Japão, para atuar no Albirex Niigata. Com a confirmação da negociação, o jogador renderá R$ 1 milhão. No entanto, oficialmente apenas R$ 200 mil irão diretamente para os cofres paranistas, já que o clube detém somente 20% dos direitos sobre o atleta. O restante é dividido entre a Amaral Sports e a L.A. Sports. Há a possibilidade de o clube receber outros R$ 200 mil como ajuda da L.A. Sports.
Substituto
O técnico Marcelo Oliveira deverá escalar Luiz Henrique Camargo na vaga de João Paulo. Camargo destacou-se no ano passado e acabou sendo adquirido definitivamente pelo clube. Agora, ganha nova chance de firmar-se na equipe.
Dúvida
Marcelo Oliveira procura um camisa 10 para pegar o Náutico amanhã, às 16h10. Uma saída: Toscano seria recuado para o meio de campo e Somália entraria na frente.
O Paraná será o primeiro clube do estado a sentir o efeito da mudança no Estatuto do Torcedor, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira. No papel, as alterações assustam. Na prática, por ora, nem tanto.
Um dos itens da norma, por exemplo prevê a necessidade de um esquema de monitoramento por imagem em estádios com capacidade superior a 10 mil pessoas. Na partida de amanhã, contra o Náutico, pela Série B, a Vila Capanema deveria estar equipada com essa "central técnica de informações", conforme exige o ordenamento. Porém...
"Não temos dinheiro para investir nesse monitoramento de imediato. A nossa expectativa é de que esse investimento seja feito pelo projeto Torcida Legal, uma promessa do Governo Federal", argumenta Alessandro Kishino, advogado paranista.
Anunciado em fevereiro, o projeto prevê a instalação de um sistema de câmeras em 34 estádios no país. O Ministério do Esporte cederá em comodato os equipamentos. Porém, ainda não há data prevista para o início da implantação do sistema.
Por causa dos incidentes registrados no Couto Pereira, após a partida dentre Coritiba e Fluminense, no Brasileiro do ano passado, foi prometido que o estado do Paraná seria o primeiro a receber o benefício. "Praticamente nenhum estádio no estado tem esse sistema. Ou seja, podemos dizer que estão todos irregulares", atenua Kishino.
De fato. Apenas o Atlético tem um sistema de monitoramento de todos os setores da Arena. No Couto Pereira, existem câmeras nos portões de acesso, mas não atendem a totalidade do estádio alviverde. Além disso, em virtude da punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), apenas em setembro o Coxa jogará em casa.
O problema não é apenas do trio da capital. Em Ponta Grossa, o Operário também precisará do sistema de monitoramento para seguir mandando os seus jogos em casa. O Germano Krüger tem capacidade de 13 mil pessoas. O Fantasma receberá dia 8/8, o Oeste-SP. Assim como os paranistas, o Fantasma também deve entrar em campo na ilegalidade.
Apesar disso tudo, os clubes não precisam ficar apavorados. Pois, embora o Estatuto já esteja valendo, ainda há dúvidas sobre a fiscalização e as punições para quem infringir as novas normas. Por exemplo, no caso da instalação das câmeras de segurança não há sanções programadas. "Assim nós não temos muito o que fazer", diz Kishino.
Em outras passagens do Estatuto, a dúvida é ainda maior. É o caso do capítulo IV, que contém "não entoar cânticos discriminatórios, racistas ou xenófobos" e "não incitar e não praticar atos de violência no estádio". A punição diz que o torcedor ficará impedido de ingressar no recinto esportivo ou será afastado imediatamente.
Como fiscalizar? E como punir centenas de pessoas entoando um canto ofensivo? "Temos de ver o que será competência nossa na fiscalização", declara o coronel Jorge Costa Filho, comandante do Policiamento da Capital. Ontem, o ministro do Esporte, Orlando Silva, cobrou ação policial para o cumprimento da lei.
A reportagem tentou entrar em contato com a torcida organizada Fúria Independente, do Paraná, mas não obteve resposta.
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Interatividade
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