Estatuto do Coritiba
Título VII
Do Conselho Administrativo
Art. 107 Parágrafo Único - O mandato dos membros do Conselho Administrativo será de 2 (dois) anos, sendo admitidas reeleições, desde que renovado em 1/3 (um terço) de sua composição.
* * * * * *
Ou seja...
A diretoria executiva do Coritiba, formada por sete membros (após a saída de dois integrantes), pode se candidatar à reeleição desde que três participantes sejam substituídos ou mudem de função. Nesse caso, o presidente Giovani Gionédis, que integra esse grupo gestor, não está impedido de concorrer a um quarto mandato.
Solução para as peneiradas
O Coritiba apresentou ontem uma parceria com a empresa de soluções para a internet Kogut, de São Paulo. O papel da nova parceira será organizar as peneiradas do clube, a quem caberá apenas avaliar e selecionar os candidatos mais promissores. A inscrição dos garotos de 9 a 21 anos poderá ser feita pelo site www.craquesdocoritiba.com.br e custará R$ 58. Menores carentes terão isenção da taxa. No evento, o diretor das divisões de base do clube Paulo Renato Heyn reclamou por não ter conseguido, no TJD, a liberação de dois menores de 16 anos que defendem times do interior do estado. Segundo o dirigente, 11 atletas foram "roubados" dessa maneira do Alto da Glória, desde 2004, por um rival. Ocorre que, desde abril, o TJD não pode mais interferir em liberação de atletas amadores. O caminho agora é a Justiça Comum, segundo determinação do STJD.
Se depender do estatuto do Coritiba, a contagem regressiva para a saída do presidente Giovani Gionédis (feita pela comunidade de torcedores do time no site de relacionamentos orkut) pode virar uma grande frustração. Hoje, segundo tal grupo de insatisfeitos, faltariam 143 dias para o desligamento.
Ao contrário do senso comum criado entre os coxas-brancas de que o dirigente estará fora do Couto Pereira no encerramento do seu terceiro mandato ao fim de 2007, o regime político alviverde permite a Gionédis quantas novas candidaturas ele quiser.
"Não há nenhuma proibição estatutária. E o que não é proibido é permitido", reconheceu Júlio Militão, presidente do Conselho Deliberativo do Coxa.
A única restrição para reeleições prevista no estatuto que está publicado no site oficial do Verdão (www.coritiba.com.br) é quanto a troca de pelo menos três dos nove membros da diretoria executiva veja texto ao lado.
"Os conselheiros Evangelino Neves e Luís Guilherme de Castro faziam parte da atual diretoria e se desligaram. Então, para haver a nova candidatura, basta troca de nomes ou funções entre três dos sete que restam", explicou Militão.
A mesa do Conselho Deliberativo, formada por cinco conselheiros, é quem vai determinar a data exata da eleição. Porém, como de praxe, o pleito deve ocorrer na primeira quinzena de dezembro.
Ao todo, são cerca de 700 sócios e conselheiros admitidos até 30 de novembro do ano passado que têm direito a voto. As chapas precisam ter 120 nomes retirados desse colégio eleitoral para poder concorrer.
A quatro meses da eleição que vai escolher os mandatários do Alto da Glória para o próximo biênio, Gionédis não quis se manifestar a respeito do assunto. Por meio da assessoria de imprensa, disse apenas que só vai falar sobre política depois da Série B do Brasileiro, que termina no dia 24 de novembro.
Entretanto, nos bastidores, sabe-se que GG mantém projetos para o futuro do Coxa. O principal deles é a construção de um novo estádio no local onde hoje está o Pinheirão mesmo com a indicação da Arena para receber jogos da Copa de 2014, a idéia segue em pé.
Entre os opositores há a certeza de que Gionédis pode, sim, sair candidato mais uma vez. Apesar das constantes negativas em conversas com conselheiros, muitos não se surpreenderiam em vê-lo numa nova batalha eleitoral.
"O direito dele está estabelecido em nossas leis. Não veria como surpresa ele candidato", disse Tico Fontoura, candidato superado por GG na conturbada eleição de 2005 que segue sub judice. "Mas em conversa comigo e outros conselheiros ele garantiu não ser candidato", ponderou.
Dentro de campo
O time coxa-branca se prepara para enfrantar o Marília, amanhã, no interior paulista. O meia Túlio e o lateral-esquerdo Douglas Silva são dúvidas para o técnico René Simões.
O que Bolsonaro e a direita podem aprender com a vitória de Trump nos EUA
Perda de contato com a classe trabalhadora arruína democratas e acende alerta para petistas
O aumento dos juros e a chiadeira da esquerda; ouça o podcast
BC dá “puxão de orelha” no governo Lula e cobra compromisso com ajuste fiscal
Deixe sua opinião