Como já havia feito nos jogos contra Rio Branco e Iraty (também no Litoral), a delegação coxa-branca deixou Curitiba duas horas e meia antes da partida de ontem. Já o Paraná preferiu hospedar-se na cidade litorânea desde sábado. Detalhe: o hotel dos tricolores fica a 500 metros do estádio.
Antena parabólica 1
Assim que os paranistas entraram no estádio, um dos poucos torcedores que ocupava a área dos visitantes gritou para o gerente de futebol Beto Amorim: "Ô Beto, manda pegarem o Rafinha em cima". A resposta foi imediata: "Vou mandar prendê-lo no vestiário."
Antena Parabólica 2
Já na porta do vestiário dos coxas-brancas, o diretor Ernesto Pedroso esperava ansiosamente o fim do jogo do Atlético ao lado dos repórteres de rádio que cobrem o clube. Assim que a partida de Rolândia acabou com 1 a 1 no marcador, veio o grito do dirigente: "Acabou! Acabou a praga dos urubus", vibrou, prevendo que o supermando está ainda mais próximo do Alto da Glória.
Salgado demais
O ingresso a R$ 50 deixou os torcedores locais sem nenhuma motivação ou possibilidade de acompanhar Coritiba e Paraná. Segundo Borracha, administrador do Caranguejão, nem os jogos do Rio Branco têm tido bons públicos. "Os R$ 20 dos jogos do Rio Branco já são demais para o povo daqui. Imagine R$ 50", lamenta.
Atenção nula
Se o povo parnanguara já não deu muita bola para o Paratiba, as rádio da cidade também deram de ombros para o clássico. Nenhuma das duas emissoras que rotineiramente cobrem o Rio Branco transmitiu a partida. Todas estavam com suas equipes em Engenheiro Beltrão, no duelo entre o Aereb e o Leão. Por outro lado, oito emissoras da capital lotaram as cabines do Gigante do Itiberê.
Fita métrica
Se não conseguir reverter a perda de 30 mandos de campo para a Série B, o Coxa quer mandar suas partidas do Nacional em Paranaguá. No entanto, a direção ainda pondera dois aspectos: a cidade do litoral tem grande maioria de torcedores do Atlético e a distância da capital é de 96 quilômetros e não 100 como pede o regulamento.
Na geral
Sem um local reservado para assistir ao jogo, o presidente Aquilino Romani e seus pares de direção acompanharam a partida do setor reservado à torcida do Paraná. Como pouco mais de cem pessoas estavam no espaço, não ocorreram problemas.
Improviso
Para fugir do calor de 32°C em Rolândia, os jogadores do Atlético nem voltaram para o vestiário no intervalo do jogo com o Nacional. Sentaram em uma sombra ao lado do alambrado, tiraram a camisa e usaram pedras de gelo para refrescar o corpo.
Colaboraram André Pugliesi e Marcio Reinecken, em Paranaguá, e Leonardo Bonassoli, em Curitiba.
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