O estreante Caramuru Castro está percebendo da maneira mais dura a dificuldade de jogar pela primeira vez a Superliga Masculina, elite do vôlei masculino brasileiro. São onze derrotas em onze jogos e a última posição da tabela. “A diferença é gigantesca”, avalia o técnico Fábio Sampaio, também idealizador do jovem clube paranaense. O time da pequena cidade de 70 mil habitantes manteve a mesma equipe que conquistou a Superliga B na temporada passada e gira o elenco com orçamento anual de R$ 800 mil/ano. O orçamento do Cruzeiro, líder da competição, gira em torno dos R$ 12 milhões/ano.
Para ficar entre os dez primeiros e permanecer entre os grandes, Castro precisa vencer 50% dos pontos em disputa. “Tentamos equilibrar a desigualdade financeira com determinação e muito trabalho. Temos que nos desdobrar para driblar a diferença orçamentária gigantesca entre nossa equipe e as demais”, reconhece Sampaio.
A “fórmula” é simples: vencer adversários diretos na tabela, pontuar em casa e surpreender fora. “Temos de ganhar do Bento Vôlei, do Canoas e de Juiz de Fora. Buscar pontos fora contra São Bernardo, por exemplo. É difícil, mas sabíamos disso desde do começo”, avalia o técnico.
Em sua primeira temporada, a equipe paga o preço de um cenário econômico complicado e de uma certa inexperiência – Sampaio cogitou até se afastar do comando técnico da equipe no meio do primeiro turno e atuar apenas como gestor. “Todos sofrem com atual conjuntura financeira brasileira, mas para os clubes pequenos essa dificuldade é bem maior. Não temos um atrativo, nem a credibilidade dos grandes, atletas de renome, gestores influentes. Mas esse é o caminho que temos que trilhar, para quem sabe um dia, lá na frente, estar entre os grandes”, alega. “Se cairmos para a B, vamos seguir com o projeto, firmes e mais fortalecidos”, completa.
O Castro inicia o returno contra o Taubaté, 4.º colocado da Superliga, neste sábado (7), às 18h30, em Taubaté.
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