Estreia amarga põe pressão no Tricolor

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Diante da reformulação geral, e considerando o ano complicado que foi 2008, o Paraná iniciou a temporada pedindo tempo e paciência ao seu torcedor. Pois bastou uma única partida, derrota por 3 a 0 para o J. Malucelli, ontem à tarde, para a galera passar a desconfiar do futuro do Tricolor.

Não é para menos. Se o time de Paulo Comelli realmente necessita de ritmo de jogo e, principalmente, entrosamento – fatores que o adversário tinha de sobra, por estar trabalhando há cerca de três meses – nada justifica a extrema facilidade com que foi batido na estreia do Campeonato Paranaense.

Resta agora contornar algo que, para um time em formação, não costuma ser positivo. O próximo compromisso do Paraná é já depois de amanhã (terça-feira), frente ao Paranavaí, na Vila Capanema. Espaço disponível para realizar apenas um treinamento, mas suficiente para muita conversa.

"Temos que assimilar o mais rápido possível. O tempo é curto, não adianta lamentar. Cada jogador tem a sua consciência. Tem que ver o que foi feito de bom, de ruim, e tirar as lições para fazer uma bela partida contra o Paranavaí", comentou o meia Lenílson.

Principal contratação do Tricolor, ele afundou ao lado dos companheiros logo nos 30 minutos iniciais, quando o J. Malucelli marcou três vezes e liquidou a fatura. "Se esperava muito mais do Lenílson. O jogo de hoje (ontem) foi complicado. Ficamos decepcionados. Mas temos certeza que o grupo é forte", afirmou Aurival Correia, presidente do Paraná.

E se o dirigente mantém a confiança no novo elenco, o resultado trágico na largada provoca dúvidas no técnico Paulo Comelli sobre a escalação. Desde o começo da semana que antecedeu o confronto ele tinha na cabeça o que parecia ser o "onze" ideal. Não tem mais.

"Estou passando a conhecer a equipe. Não tinha visto o João Paulo, o Jonathas só pela televisão, o Gedeon. O que não deu certo tem que mudar. No primeiro tempo demos muito espaço. Vamos corrigir os setores que não foram bem para na terça-feira ter a reação", declarou Comelli.

Em termos práticos, o discurso pode significar alterações em todos os compartimentos, com três titulares perdendo essa condição. O zagueiro Jonathas, o meia Gedeon e o atacante Wellington Silva – os dois últimos foram substituídos no intervalo diante do Jotinha, por Agenor e Wando, respectivamente.

"Quando cheguei no ano passado foram quatro derrotas. Mas não podemos perder quatro vezes no Estadual. A equipe tem qualidade. O campeonato é curto, vamos ter de jogar pelo resultado até alcançar uma condição física melhor", diz Comelli.