Custo da estreia nômade extrapolou previsão atleticana
Ainda sem situação definida para as próximas dez partidas em que será mandante no Estadual sem contar uma eventual final , o Atlético desembolsou para jogar no Germano Krüger bem mais do que oferecera ao Paraná, para jogar na Vila Capanema. E bem menos do que o Coritiba projetava cobrar pelo aluguel do Couto Pereira.
Segundo o borderô da partida contra o Londrina, o Furacão pagou ao Operário R$ 25 mil, valor sete vezes maior que os 10% da renda de bilheteria da partida (que foi de R$ 32.980), porcentagem que havia sido oferecida ao Tricolor para o time jogar em Curitiba.
A proporção também era a esperada pelo presidente do Operário, clube proprietário do estádio em Ponta Grossa, Roberto Yurk, quando a Federação Paranaense o consultou sobre a possibilidade de liberar o local para o Atlético.
Ainda em dezembro de 2011, o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, afirmou que cobraria R$ 250 mil por partida de times que quisessem jogar no Alto da Glória, dez vezes mais do que foi pago pelo Rubro-Negro ao Fantasma. (AB)
O Paranaense 2012 começou com mais gols, mas com menos torcedores do que o início da competição na temporada passada. E a verba arrecadada pelos clubes também foi menor, com dois dos seis mandantes fechando o caixa da partida de estreia no vermelho justamente a dupla que soube apenas às vésperas da largada do Estadual onde mandaria seus jogos. A Arena do Atlético e o Waldemiro Wagner do Paranavaí não tinham condições de receber as partidas contra Londrina e Operário, respectivamente.
Obrigado a jogar longe de seu território, o Rubro-Negro amargou R$ 17,5 mil de prejuízo. A transferência do confronto para Ponta Grossa foi definida apenas na quinta-feira, depois de não entrar em acordo com Coritiba e Paraná para utilizar por empréstimo as casas dos coirmãos.
A vitória por 2 a 0 sobre o Tubarão foi acompanhada por apenas 1.736 torcedores pagantes, público quase seis vezes menor do que na estreia do Furacão no Paranaense 2011 jogando na Arena, 9.985 torcedores assistiram à derrota por 2 a 1 para o Arapongas.
Já o Paranavaí teve, no Estádio Bom Jesus da Lapa, em Apucarana, o menor público da rodada: 123 pagantes, para uma renda de R$ 2,2 mil. Com os custos para mandar o jogo, o salto no rombo no caixa foi de R$ 7,7 mil. "Tinha mais torcedores do Operário do que nossos. Ainda bem que para o próximo jogo em casa [contra o Coritiba, pela 4.ª rodada] já estamos com nosso estádio liberado", diz o diretor do Paranavaí, Lourival Furquim. "Fora os custos com a partida, tivemos mais uns R$ 5 mil de gastos com a viagem do time. Mas, comparado ao prejuízo que temos na competição inteira, o prejuízo [no jogo mandado fora de casa] foi pequeno", completa.
Sem estádio definido para os próximos compromissos como mandante, o Atlético sofre com a perda de sócios-torcedores. O presidente do Conselho Administra-tivo do clube, Mario Celso Petraglia citou na semana passada uma queda de 22 mil (de 2011) para 18 mil.
Ontem, via Facebook, meio que tem utilizado para se manifestar, o mandatário rubro-negro pediu o apoio de quem garante uma renda fixa para o clube: "O CAP precisa de seus sócios-torcedores, não nos abandonem, acreditamos que aumentaremos o número atual para compensar os prejuízos que teremos neste ano de renúncia e para assegurarem seus lugares quando da volta para a nova ArenaCOPA em 2013, onde teremos 35.000 lugares a venda!".
Mas não foi só a transferência de estádios que reduziu à metade a média de público da largada do Estadual. Dos outros quatro jogos da rodada, três não chegaram a mil pagantes. A vitória do Corinthians-PR por 4 a 1 sobre o Rio Branco, por exemplo, foi vista por 272 torcedores e rendeu somente R$ 1,1 mil.
Com menos gente nas arquibancadas, a média da renda líquida das seis partidas do primeiro fim de semana com bola rolando no estado rendeu menos da metade (2,5 vezes menos) do que no Paranaense 2011.
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