Wesley se esforçou muito e contribuiu para vitória do Furacão sobre o Alvinegro carioca no Rio de Janeiro| Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

VÍDEO: Veja o gol de Patrick para o Atlético

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No terceiro jogo desde que foi contratado, o técnico Antônio Lopes mostrou que tem estrela mais uma vez. Mas desta vez não esteve sozinho. O Atlético Paranaense derrotou o Botafogo por 1 a 0 na noite deste sábado, no Engenhão, com uma cabeçada certeira de Patrick. O camisa 9 barrou Wallyson antes da bola rolar, pouco apareceu, porém no momento de definição, mandou para as redes alvinegras.

O resultado parecia improvável pelo futebol mostrado pelas duas equipes no primeiro tempo. O Fogão foi amplamente superior, mandou duas bolas na trave – uma delas em cobrança de pênalti – e só não garantiu a vitória pela sua própria falta de qualidade. Como no futebol pouco adianta mais volume de jogo se a bola não entra, o Furacão voltou para a etapa final tentando surpreender, e conseguiu.

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No primeiro lance após a contusão do goleiro uruguaio Castillo, o meia Paulo Baier cobrou falta com cruzamento na área. O zagueiro Manoel tocou de cabeça, e antes que Flávio tentasse defender, Patrick raspou a careca na bola – é verdade que estava em impedimento – e abriu o marcador. Este gol aumentou ainda mais o nervosismo dos cariocas, que praticamente não incomodaram mais.

Esta foi a terceira vitória seguida do Furacão, que alcança os 21 pontos, se afasta ainda mais da zona do rebaixamento do Brasileirão e agora está em 13º na tabela. Já o Alvinegro caiu para 14º, com seus 19 pontos. Na próxima rodada, no domingo que vem, o Rubro-Negro recebe o Barueri na Arena da Baixada, às 18h30. Já o Botafogo visita o Palmeiras no próximo sábado, também às 18h30.

Pontaria botafoguense salva Furacão da derrota no primeiro tempo

Nunca um placar sem gols foi tão favorável ao Atlético neste Brasileirão. Os 45 minutos iniciais no Engenhão estiveram longe de agradar o técnico Antônio Lopes e o placar só não foi movimentado graças à dupla de ataque do Botafogo – André Lima e Victor Simões. Ambos abusaram das chances de até decidir o jogo ainda no primeiro tempo. Do outro lado, Patrick e Wesley pouco pegaram na bola e, quando a tiveram, quase nada fizeram.

Ainda assim, o começo da partida foi promissor. O equilíbrio prevaleceu nos primeiros 10 minutos, com os dois times buscando o ataque e parando nas defesas ou nos próprios erros. Entretanto, do 11º minuto em diante, o Fogão tomou a iniciativa das ações e o Furacão foi recuando gradativamente, chegando a ficar com o seu time todo no seu campo em diversas ocasiões.

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Lúcio Flávio, de falta, e Victor Simões, da entrada da área, mandaram para fora duas ótimas chances de marcar para os cariocas. Aos 17 minutos, o zagueiro Chico deu uma mãozinha, literalmente. O camisa 4 do Atlético puxou a camisa de André Lima na área e o árbitro cearense Francisco de Assis Almeida Filho marcou o pênalti. O próprio Lima foi para a cobrança e, apesar de tirar o goleiro Galatto, acabou mandando no poste esquerdo.

Menos de um minuto depois, em rápido contra-ataque, Victor Simões saiu na cara do gol, deixou a zaga e Galatto no chão, mas a bola caprichosamente bateu na mesma trave que o companheiro havia acertado pouco antes. O sufoco na meta atleticana contrastou com a tranqüilidade do lado do goleiro Castillo. Salvo algumas saídas do gol para cortar cruzamentos ou escanteio, o uruguaio praticamente não apareceu, tamanha inoperância do Atlético.

Assim como em jornadas anteriores, os meias Paulo Baier e Marcinho estiveram muito apagados. Desta maneira, Wesley ainda tentou algumas "correrias" para cima dos defensores do Alvinegro carioca, mas todas foram pouco produtivas. Isolado, o atacante Patrick pouco participou. Com este panorama, ou o Furacão mudava a sua postura, ou o empate deveria ser comemorado como vitória.

Atleticanos mudam postura e encontram gol na etapa final

De olho dos três pontos, Ney Franco colocou Léo Silva no lugar de Batista, tentando deixar o Botafogo ainda mais ofensivo. Os primeiros minutos da etapa complementar pareciam uma sequência do primeiro tempo, contudo tão logo o nervosismo carioca aumentou e a marcação rubro-negra encaixou, o panorama mudou totalmente. Depois de um perigoso cruzamento de Alessandro, e que um trio de botafoguenses furou, o abafa perdeu força.

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A medida que os donos da casa deixavam de atacar o Atlético passou a se soltar em campo, procurando os contra-ataques em velocidade. Em um deles, a bola não levou perigo, mas rendeu uma falta lateral. No mesmo lance, o goleiro Castillo queixou-se de uma lesão e deu lugar a Flávio. Nem bem aqueceu, o camisa 12 teve de buscar a bola dentro das redes. Paulo Baier cruzou, Manoel tocou, Patrick raspou e tirou do arqueiro do Fogão. Eram 23 minutos.

Dois minutos depois, Victor Simões perdeu uma chance incrível do empate, na pequena área e livre de marcação. A derrota parcial e os inúmeros gols perdidos minaram a reação do Alvinegro e o Furacão passou a valorizar a posse de bola, ora tocando e esperando o tempo passar, ora procurando os contra-ataques. Todavia, o segundo gol não saiu.

Na base do desespero, o Botafogo seguiu insistindo, porém sem êxito. A torcida local, que apoiou praticamente durante toda a partida, foi só ofensa. Do lado visitante, os rubro-negros presentes fizeram a festa até o apito final.