O Estudiantes, da Argentina, venceu os uruguaios do Nacional, no estádio Centenário, em Montevidéu, por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, e garantiu a classificação para a final da Taça Libertadores da América. Os argentinos serão os adversários de Cruzeiro ou Grêmio, que se enfrentam nesta quinta-feira, em Porto Alegre para disputar a segunda vaga na decisão.
Os visitantes, que haviam vencido a primeira partida, em La Plata, por 1 a 0, jogaram desfalcados de sua peça principal, o apoiador Verón, mas conseguiram balançar arrancar a vitória sobre os anfitriões que haviam eliminado o Palmeiras nas semifinais - após cederem o empate.
Início de jogo morno
Apesar da necessidade de marcar, e mesmo jogando em casa, o time do Nacional não chegou a levar perigo ao gol argentino na primeira etapa. Envolvido pelo toque de bola rápido do Estudiantes, os uruguaios investiram nos contra-ataques, mas esbarraram na zaga visitante e nas próprias limitações técnicas.
O time do técnico Alejandro Sabella aproveitou os espaços e, com passes curtos e boa movimentação, tentou criar chances de ampliar a vantagem conquistada na primeira partida. No entanto, a ausência do apoiador Verón e as boas intervenções do goleiro Muñoz frearam o ataque argentino, que teve sua melhor oportunidade no desvio de Boselli, aos 45 minutos do primeiro tempo, mas o chute, sem pontaria, saiu pela linha de fundo.
Argentinos marcam, e time da casa acorda tarde
Aos 8, Gastón Fernandez aproveitou a falha na saída de bola da zaga uruguaia, fez o desarme e passou para Boselli invadir a área e mandar para o fundo das redes. Enquanto os argentinos comemoravam, os defensores do Nacional discutiam.
O empate quase veio aos 11, no cruzamento da esquerda desviado por Medina, mas a bola passou rente à trave e saiu à esquerda do gol.
O Estudiantes quase ampliou aos 20, quando o meia Pérez avançou pela direita, sem ser incomodado pelos adversários, e tocou na saída do goleiro. A bola passou perto da trave direita de Muñoz antes de sair. Na sequência, levantamento na área do Estudiantes, e Garcia, pela direita, dominou e bateu cruzado, mas o chute desviou no zagueiro e saiu em escanteio.
O Nacional não demonstrava ter forças para reagir, mas, aos 30, a partida, que parecia decidida, ganhou nova vida. Após levantamento na área, Medina dominou com categoria, fez o giro e estufou as redes argentinas, igualando o placar. Precisando marcar mais duas vezes, os uruguaios quase soltaram mais um grito de gol aos 41, no chute cruzado de Medina, de dentro da área argentina, mas a bola bateu na rede pelo lado de fora.
Já nos acréscimos, o contra-ataque do Estudiantes venceu o ímpeto ofensivo uruguaio, e Boselli recebeu livre na área para fazer o segundo e garantir a volta da equipe argentina à decisão da Libertadores após 38 anos.
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