O tempo da segunda bateria já havia se esgotado, praticamente acabando com as chances do líder Antonio Cairoli (KTM) conquistar o título da MX1 no GP Brasil de Motocross. O piloto italiano fez um final de primeira bateria da categoria máxima do motocross mundial impressionante. Faltando cinco voltas, conseguiu ganhar três posições, tirando mais de 15 segundos de diferença do segundo colocado.
Na última prova, contudo, duelou pelos 30 minutos com Clement Desalle (Suzuki), sem o mesmo sucesso. O belga segurou a posição e no final abriu bons segundos na dianteira. Mas para o bicampeonato da competição internacional (é o atual campeão) também é preciso contar com a sorte. E, sem explicação aparente, o protótipo do líder da prova simplesmente apagou, fazendo a alegria do torcedor sul-mato-grossense.
Cairoli venceu. Marcou 47 pontos na etapa brasileira, somou 578 na classificação do Mundial e se sagrou bicampeão. Com 107 pontos a mais do que o belga, mesmo com as duas etapas restantes, não poderá ser mais alcançado. No total restam quatro baterias, mas apenas 100 pontos em disputa. "É muito bom ganhar no Brasil. A pista é boa e o povo é muito caloroso", disse Cairoli que em 2005 e 2007 também conquistou o título na MX2.
A sorte que sobrou ao italiano faltou aos brasileiros, em especial aos curitibanos. Os dois pilotos paranaenses na disputa tiveram problemas. Na MX1, Leandro Silva (Honda) não completou nenhuma bateria. Ao menos ele poderá voltar com a marca de ter sido o único brasileiro a estar entre os dez nas provas de ontem. Foi o sétimo no início da primeira bateria, o oitavo no começo da segunda. Mas, com uma distensão na coxa, abandonou em ambas.
Já na MX2, Jean Silva (Honda) se machucou nos treinos de sábado e nem largou ontem. O vencedor da categoria foi o alemão Ken Roczen (Suzuki) que, ao vencer as duas baterias, adiou o título do francês Marvim Musquin (KTM) ontem, o segundo; na tabela, ainda o líder.
A diferença entre os brasileiros e europeus é tão grande que, nas duas categorias, nenhum piloto nacional chegou entre os dez primeiros. Na MX1 o melhor colocado foi o mineiro Antônio Balbi Júnior, que até pouco tempo morava nos Estados Unidos. Ele terminou na 11.ª posição. Na MX2, o catarinense Cristopher Castro (Yamaha) foi o 13.º.
"Ano passado briguei com europeus de igual para igual, deixei três ou quatro europeus para trás, mas nesse ano fiquei distante. Fui só o melhor latino. Não dá para construir um castelo em uma semana", disse Balbi, que voltava de lesão.
Se os adultos do estado não conseguiram boas colocações, ao menos pode se ter otimismo para o futuro. Na categoria de 10 a 15 anos, criada pela Honda neste Mundial, o vencedor foi o curitibano Endrews Armstrong.
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