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Guadalajara - Oito dias de disputa que valem 45 medalhas de ouro. O atletismo co­­meça hoje em Guadalajara como uma das principais apostas dos paí­­ses para deslanchar no quadro de medalhas. Ou melhor, quase todos.

Os brasileiros levam o que têm de melhor para o México: a campeã mundial no salto com vara, Fa­­biana Murer, e Maurren Maggi, ouro olímpico em Pequim (2008) no salto em distância, tentam o bicampeonato na competição.

Na lista, também estão Fábio Go­­mes, ouro no salto com vara no Pan do Rio (2007), Keila Costa, 3.ª colocada no salto triplo no Mundial indoor, e Marílson dos Santos, tricampeão da São Silvestre, nos 10 mil metros.

"Depois do Mundial em Daegu [que terminou em 4 de setembro], tive duas semanas descanso e re­­tornei à preparação. Quero o bi Pan-Americano, mas não será fácil", diz Fabiana.

Já Estados Unidos e Jamaica, dois dos grandes "fabricantes" de campeões no esporte, especialmente nas provas de velocidade, não se fizeram de rogados em convocar seus times B para o evento continental.

Apesar de ter medalhas certas com a força de nomes de Usain Bolt, recordista mundial dos 100 m rasos, e Asafa Powell, os jamaicanos trazem a Guadalajara apenas 33 competidores no atletismo, cujo maior destaque é Maurice Smith, vencedor da prova dos 1.500 metros no Pan do Rio.

O técnico da equipe, Raymond Granham, lamenta não poder contar com os nomes que deram à Jamaica as 11 medalhas (seis de ouro) que o país conquistou na Olimpíada de Pequim. O motivo seria o desgaste após a disputa do Mundial e o maior interesse em campeonatos com prêmios em dinheiro, como o Grand Prix. "Os que vão competir vão fazer o melhor", ame­­­niza o treinador. No Rio (2007) somaram sete pódios – três de ouro e quatro de prata.

Os norte-americanos repetem no atletismo o que fazem com outras modalidades: usam o Pan para dar experiência ao segundo escalão. Um ou outro destaque, como a saltadora com vara Jessica Suhr (líder do ranking mundial, com a marca de 4,91 m), tornarão as disputas no recém-inaugurado Estádio Telmex de Atletismo mais interessantes.

Mas, em linhas gerais, ne­­nhum dos 41 medalhistas olímpicos da delegação ianque no México é do atletismo. O país tem o maior número de atletas inscrito na modalidade entre os cinco primeiro colocados no quadro geral de medalhas: 82, contra os 59 do México, 62 brasileiros, 17 do Canadá e 62 de Cuba.

Os cubanos, aliás, aproveitam o descaso dos favoritos pa­­ra subir várias vezes ao pódio. Medalhas certas para a ilha caribenha virão com o velocista Da­­ryon Robles, recordista nos 110 m com barreiras, e com a bi­­campeã mundial do salto triplo, Yargelis Sa­­vigne.

Hoje, serão disputadas as provas de marcha atlética pa­­ra ho­­mens e mulheres; e a ma­­ratona feminina, com duas brasileiras: Michele Chagas e Adriana da Silva.

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