• Carregando...

A ameaça de ataques terroristas é a principal preocupação dos or­­ganizadores dos Jogos Olím­­picos de Londres, em 2012, e evitar uma tragédia durante a realização do evento será o maior desafio do país desde a Segunda Guerra Mundial. Esta foi a declaração de Alan West, vice-ministro de Segurança do Reino Unido, em um evento ontem para informar a imprensa sobre os preparativos de segurança dos Jogos.

O governo britânico já de­­monstrava preocupação com o assunto no relatório sobre estratégias antiterrorismo divulgado pelo Ministério do Interior, na segunda. "A maior ameaça contra este país ainda é a rede terrorista Al-Qaeda, que é muito rápida em aprender novas tecnologias e maneiras de operacionalizar ataques", afirmou West.

O vice-ministro lembrou, ainda, que o atual nível de ameaças terroristas está em "severo" (o segundo mais alto entre cinco estágios), o que significa que a possibilidade de um ataque é provável. Tal situação será mantida pelo menos até depois dos Jogos.

Londres espera receber pelo menos 50 mil pessoas no período de realização dos Jogos, entre atletas, técnicos e oficiais. A organização do evento deve iniciar, já no primeiro semestre de 2011, o processo de comercialização de 8 milhões de ingressos.

O Reino Unido tem investido, desde 2001, em um pesado programa de ações antiterroristas. Isso não evitou, porém, que Lon­­dres fosse alvo de um ataque em 7 de julho de 2005, um dia depois de a cidade ter sido anunciada como sede dos Jogos de 2012. Na ocasião, 52 passageiros morreram, assim como 4 ho­­mens-bomba.

Os gastos com segurança chegaram a US$ 6 bilhões (quase R$ 11 bi­­lhões) – deste total, US$ 1 bilhão (R$ 1,77 bilhão) tem sido investido especificamente para os planos de segurança da Olimpíada. "Desde 2005, nossa nação está mais segura, mas não em segurança. A ameaça ainda existe", disse West, em entrevista no fim de 2009.

West afirma que Londres tem levado em consideração novas modalidades de ataques terroristas. Na última segunda, o governo anunciou que manterá um centro especializado em segurança marítima. A nova frente vai atuar no combate aos piratas que atuam na África, mas também estará atenta à possibilidade de ataque por água. Oficiais afirmam que uma invasão a partir do rio Tâ­­misa deve ser considerada como factível – terroristas poderiam utilizar pequenos barcos de alta velocidade para infiltrar atiradores no centro de Londres.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]