Com todas as atenções voltadas para Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Robinho, um outro atacante brasileiro tem roubado a cena na Espanha: Ewerthon. Pelo menos na Copa do Rei, é o Zaragoza quem vem dando as cartas.
Com gols importantes, o ex-atacante corintiano ajudou sua equipe a eliminar o poderoso Barcelona nas quartas-de-final (fez dois e o time acabou com a invencibilidade de 18 partidas da equipe catalã) e nesta quarta-feira marcou mais duas vezes no histórico 6 a 1 sobre o Real Madrid, pela semifinal do torneio.
Em sua primeira temporada no futebol espanhol, Ewerton está curtindo a bola fase mas afirma que o Zaragoza tem que segurar a euforia da torcida após as boas exibições contra os dois gigantes do país.
- Ninguém acreditava que a gente eliminaria o Barça, a imprensa já falava do confronto deles com o Real na semifinal. Conseguimos responder em campo. Depois da goleada sobre o Real, a torcida está eufórica, parece que já somos campeões. Mas não ganhamos nada ainda. Nosso time está fazendo um bom trabalho e já é a sensação da Espanha - diz.
Depois de quatro temporadas no Borussia Dortmund, o atacante, de 24 anos, resolveu trocar a Alemanha pela Espanha para ter mais visibilidade e, quem sabe, um dia conseguir voltar a defender a seleção.
- Fui muito bem na Alemanha, mas no Brasil quase ninguém via. Sabia que se eu conseguisse repetir o sucesso aqui no Zaragoza eu chamaria a atenção. É isso que está acontecendo agora, estou vivendo um momento mágico - afirma.
Ewerthon tem contrato de cinco anos com o clube, porém reconhece que seu objetivo é conseguir uma transferência para Real ou Barça. Torcedor e ídolo do Corinthians, o atacante acompanha as partidas do time pela televisão, mas acha que ainda é cedo para voltar para o Timão.
Sobre a goleada de quarta, Ewerthon falou que preferiu evitar gozações sobre os brasileiros do Real após a partida. Ronaldo e Robinho, por exemplo, sofreram a maior humilhação de suas carreiras.
- Eles estavam abatidos, ninguém esperava que fosse daquele jeito. Conversei com eles sobre a vida, sobre a Espanha. Seria até antiético, porque foi um placar elástico e nada bom para quem perdeu - lembra.
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