Ex-ABC, atacante Wallyson salva o Atlético em Natal

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ABC 2 x 2 Atlético - As manchetes dos jornais de Natal destacavam, ontem, não entender os motivos de o atacante Wallyson não entrar jogando pelo Atlético contra o ABC, pela Copa do Brasil, no Frasqueirão. Mesmo saindo do banco aos 30 do segundo tempo, o ídolo da torcida local deu razão às expectativas e marcou o gol da igualdade do Rubro-Negro (2 a 2) aos 39/2º. Com o resultado, os atleticanos podem empatar por 0 a 0 ou 1 a 1, na partida da volta, dia 22, na Arena, que mesmo assim garantem a classificação à terceira fase da competição.

Formado nas categorias de base do time das letrinhas, a revelação potiguar se consagrou com 30 gols em 54 jogos pelo Alvinegro natalense. Após conquistar o título do Rio Grande do Norte e ajudar no acesso da Série C para a B, em 2007, Wallyson foi negociado com o Furacão. No entanto, só ontem deu os primeiros sinais de que vai desencantar.

"Estou feliz pelo gol, mas triste por ter sido contra o ABC. Só que futebol é assim mesmo, não tem campo certo. Como avisei antes, se fizesse gol não comemoraria e não comemorei", afirma o avante, de 20 anos, que tem até parte do Estádio Frasqueirão batizada pela torcida com o seu nome. Afinal, foi construída com o dinheiro da negociação com a equipe da Baixada.

Após muitas idas e vindas no CT do Caju, o bom futebol de Wally, mesmo no pouco tempo em que esteve em campo, parece ter convencido o técnico Geninho que agora o jogador merece mais oportunidades.

"É um atacante muito rápido. Pode ser bem aproveitado nessas situações de bolas enfiadas. Entrou muito bem no jogo", avaliou o treinador. "Quando ele (Geninho) der a chance para mim tenho de aproveitar. Vou seguir trabalhando firme e com os pés no chão. Sei que minha hora vai chegar", avisou.

Entretanto, antes da euforia com Wallyson, o Atlético sofreu muito em Natal. Logo aos 20 minutos de jogo, quando o placar já apontava 1 a 1 (gol de Chico para os visitantes e Gaúcho para os mandantes), o garoto Fransérgio foi expulso. Depois de duas faltas duras, o primeiro jogo como titular do prata da casa acabou bem cedo.

Pior para o restante do time atleticano. O calor e a pressão da torcida nordestina pareciam dobrar sobre a cabeça dos rubro-negros durante o resto do primeiro tempo. Um gol de Sandro, aos 45/1º, fez com que os comandados de Geninho descessem para o vestiário perdendo. Na etapa final, as coisas melhoraram.

"Tivemos muita dificuldade depois da expulsão, mas corremos muito com um a menos. Foi um resultado de superação", vibrou o artilheiro Rafael Moura.

Agora, o Atlético retorna a atenção ao octogonal decisivo do Paranaense. Domingo, sem o zagueiro Antônio Carlos, suspenso, o adversário é o Nacional de Rolândia, na Arena.

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Em Natal

ABC

Ranieri; Fabiano, Gaúcho e Ben Hur; Marquinhos Mossoró (João Paulo), Rogério (Rodriguinho), Erandir, Sandro e Rogerinho; Gabriel e Valdir Papel

Técnico: Heriberto da Cunha

Atlético

Galatto; Rhodolfo, Antônio Carlos e Gustavo; Zé Antônio, Chico, Fransérgio, Julio dos Santos (Rafael Santos) e Netinho (Márcio Azevedo); Marcinho (Wallyson) e Rafael Moura

Técnico: Geninho

Estádio: Frasqueirão. Árbitro: Jaílson Macedo Freitas (BA). Amarelos: Fransérgio, Zé Antônio, Netinho e Chico (CAP); Erandir e Ben Hur (ABC). Vermelho: Fransérgio (CAP), aos 20/1º. Gols: Chico (CAP), aos 9/1º, Gaúcho (ABC), aos 13/1º, e Sandro (ABC), aos 45/1º; Wallyson (CAP), aos 39/2º