A última rodada do Brasileiro, domingo, marcou também o fim da carreira do paranaense Roberto Braatz como auxiliar de arbitragem. Natural de Marechal Cândido Rondon, Oeste do estado, ele aposentou a bandeira no empate sem gols entre Portuguesa e Ponte Preta, no Canindé.
Trajetória correndo à beira do gramado encerrada por ter atingido a idade limite imposta pela Fifa, de 45 anos, completados em outubro. E que teve um ato derradeiro insólito. Na despedida, Braatz deixou a bandeira de lado para apitar o término da partida.
"Foi uma homenagem que eu recebi do Ricardo [Marques Ribeiro-MG]. Achei estranho quando ele veio correndo até perto de mim e me passou o apito. Acabou sendo uma surpresa que me emocionou muito", comenta Braatz.
Menos de 24 horas depois, o rondonense não sente ainda o impacto do adeus. "É tudo muito recente. Creio que no ano que vem, quando as escalas começarem a sair, aí sim vai bater o desespero", diz, bem-humorado.
Foram 17 anos como auxiliar, iniciados no Paranaense de 1995, num Coritiba e Batel no Couto Pereira. Desse tempo todo, o destaque não poderia ser outro: a participação na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.
Braatz integrou o trio brasileiro comandado por Carlos Eugênio Simon e que contou ainda com o auxiliar Altemir Hausmann, ambos gaúchos. Os três dirigiram Inglaterra e Estados Unidos (1 a 1) e Gana e Alemanha (0 a 1). "É o auge, considerado o maior espetáculo da Terra. Gostaria de ter feito mais uma escala, mas, infelizmente, não foi possível."
Sobre o futuro, uma certeza ele já tem. Em janeiro, Braatz assume a função de presidente da Associação Profissional de Árbitros de Futebol do Paraná (Apaf-PR). Chance de atuar diretamente em um cenário enfraquecido. Atualmente, o estado não possui ninguém nos quadros da Fifa.
Além do afastamento de Braatz, Héber Roberto Lopes trocou a Federação Paranaense de Futebol (FPF) pela Catarinense e Evandro Rogério Roman desistiu dos testes físicos obrigatórios para seguir no escalão principal.
"É uma posição política e que eu quero aproveitar para melhorar a nossa arbitragem. Mas não vejo um enfraquecimento da nossa federação, creio que é um momento de renovação natural", avalia.
Lula tenta se aproximar do favorito à presidência da Câmara, mas Hugo Motta quer independência
Maduro fala em usar tropas do Brasil para “libertar” Porto Rico; assista ao Sem Rodeios
Guinada da Meta pode forçar desvio de rota de STF e Lula quanto à censura nas redes
Enquete: você acredita que a censura nas redes sociais vai acabar após a declaração de Zuckerberg?
Deixe sua opinião