A polícia mexicana prendeu o ex-goleiro da seleção de futebol do país e do popular clube Monterrey, Omar Ortiz, por suspeita de integrar um grupo de sequestradores.
Aos 35 anos, Ortiz admitiu ter ajudado a escolher duas vítimas, afirmou Jorge Domene, porta-voz da área de segurança do governo na província de Nuevo Leon, norte do México.
A gangue, que pertence a um cartel de tráfico de drogas, pedia em média 1 milhão de pesos de resgate por vítima (cerca de US$ 73 mil), dos quais Ortiz recebia uma parcela de mais de 100 mil pesos, segundo o governo de Nuevo Leon.
Com seu cavanhaque, que tornou-se sua marca registrada, Ortiz parecia impassível quando policiais o detiveram com mais três suspeitos, em Monterrey, capital de Nuevo Leon, cidade cada vez mais afetada pelo crime organizado.
Domene afirmou que a quadrilha escolhia as vítimas em eventos sociais, quando eram capturadas, para então exigirem o resgate.
O procurador-geral de Nuevo Leon, Adrian de la Garza, afirmou que o integrantes da gangue foram capturados em 5 de janeiro e que o líder, que encontra-se foragido, teria informado que a quadrilha trabalha para o Cartel do Golfo.
A gangue de Ortiz é suspeita de ter realizado mais de 20 sequestros, entre eles o do marido da popstar da música mexicana Gloria Trevi, segundo Domene. O crime de sequestro é passível de condenação a mais de 50 anos de prisão, afirmou o governo local em nota oficial.
Após o desaparecimento de Ortiz, no início da semana, a imprensa mexicana inundou os meios de comunicação com especulações de que o jogador teria sido sequestrado.
O ex-futebolista, estrela mexicana, responde à punição por doping e teria apenas ajudado na escolha das vítimas e no fornecimento de informações à quadrilha, cujo líder continua foragido com outros integrantes, afirmou o governo de Nuevo Leon.
Entre 2007 e 2010, o número de sequestros no México saltou cerca de 200 por cento, de 483 para 1284, de acordo com dados do governo.
Apelidado de "El Gato" por seus olhos brilhantes, Ortiz jogou apenas uma partida pela seleção mexicana, em 2002.
Em 2010, Ortiz foi suspenso após testar positivo para esteroides anabolizantes. A punição expira em abril.
Famoso por suas tatuagens e brincos, Ortiz defendeu por muito tempo o Monterrey, clube da primeira divisão mexicana.
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