O ex-goleiro Neneca morreu na madrugada de ontem aos 67 anos em Londrina, sua cidade natal. Campeão brasileiro de 1978 pelo Guarani, ele lutava contra um câncer na medula e passou os últimos meses bastante debilitado. O ex-atleta estava internado desde terça-feira passada (20) no Hospital do Câncer de Londrina, mas acabou não resistindo. O enterro será na manhã desta segunda-feira, também em Londrina. Neneca deixa a mulher e cinco filhos.
Veio dos pés de Neneca o começo do gol mais importante do história clube de Campinas. Na final do Brasileirão contra o Palmeiras, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, um chute do goleiro resultou no gol de Careca. Depois de ter se aposentado, o ex-jogador ainda trabalhou no Guarani como preparador de goleiros da base.
Neneca, cujo nome era Hélio Miguel, deixou no currículo outras importantes marcas além do título brasileiro. Também em 1978 pelo Guarani, ficou 777 minutos sem levar gols, feito que superaria anos mais tarde. Já pelo Náutico, a invencibilidade somou 18 partidas e 1.636 minutos em 1973, o que configurou recorde mundial na época.
O ex-jogador começou no futebol em 1969, pelo extinto Paraná Esporte Clube, de Londrina. Na sequência, defendeu o América-MG e o Náutico, onde foi campeão pernambucano em 1974. Em 1976 transferiu-se para o Guarani. Retornou para Londrina em 1981, conquistando o título paranaense daquele ano. Defendeu o Tubarão até 1984.
O goleiro ainda passou por times como Operário (MT), Bragantino, Fluminense (BA) e Votuporanguense. Em 1986, voltou a defender o LEC, encerrando sua carreira. Trabalharia logo depois como treinador de goleiros do time principal.
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