Poucos se lembram dele vestindo a camisa 1 do Atlético, na virada dos anos 80 para os 90 graças à reserva "quase eterna" de Roberto Costa, Rafael, Marolla, Toinho e Gilmar. Hoje, como preparador, sua figura passa também despercebida. Bem diferente pode-se dizer do trabalho de Marco Aurélio Tedeschi, 41 anos, considerando a performance dos goleiros atleticanos.
Esta semana, o titular Neto integrou a seleção brasileira principal nos dois amistosos sob o comando de Mano Menezes diante do Goiás, no próximo sábado, ele retorna ao time. Enquanto o dono da posição esteve ausente, o substituto João Carlos manteve o alto nível nas partidas com Vasco e Santos.
"Tem sido gratificante. No início, quando assumi, estávamos em uma situação difícil no Brasileiro. Fui questionado, mas tive a confiança da diretoria. Hoje os frutos estão sendo colhidos. O Atlético não contrata mais goleiro, nós fazemos em casa", declara Tedeschi, que se formou em Educação Física após deixar o futebol cedo, com somente 26 anos.
O fato de não aparecer para a torcida não o incomoda. "O mais importante é que os goleiros estejam bem. Não tenho essa vaidade", diz.
Desde que iniciou na função, em agosto do ano passado, na formação da comissão técnica permanente do Furacão após treinar por seis anos os goleiros das categorias de base , Tedeschi trabalhou com Galatto e Vinícius, ambos negociados com o exterior, antes de apostar no jovem Neto, então com 20 anos.
"Eu sabia que com o passar dos jogos ele iria se sobressair. Goleiro precisa de ritmo. O João Carlos é outro excelente jogador. Teve a oportunidade agora e correspondeu. E temos ainda o Santos (segundo reserva), que está sendo preparado e tem um futuro promissor", avalia o preparador.
O sucesso da posição na Baixada ele credita ao método de treinamento. "Hoje a preparação mudou muito. Na minha época era diferente. Se trabalhava a capacidade aeróbica, algo que o goleiro quase não usa. Agora trabalhamos situações de jogo", comenta.
Além disso, é importante cobrar sempre. "Não sou do tipo paizão. Tem cobrança o tempo todo. Do contrário, o goleiro não suporta a pressão, de atuar na Arena lotada, de ter uma falha e em seguida estar apto para nova intervenção. O aspecto psicológico é fundamental."
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