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O Grêmio pensa em processar o ex-jogador Paulo César Caju pelas declarações contidas no seu livro Dei a Volta na Vida. O Departamento jurídico do clube aguarda pelo lançamento da publicação para analisar o caso. O ex-meia afirma que alguns atletas do time que foi campeão mundial em 1983 estavam dopados.

Quase 23 anos depois, o maior feito da história Tricolor pode ficar manchada. No dia 10 de dezembro de 1983, o clube gaúcho foi à Tóquio e venceu o Hamburgo por 2 a 1, conquistando o Mundial Interclubes.

No próximo dia 24, o livro será oficialmente lançado. No capítulo onde trata do assunto, Caju conta que na véspera do jogo um "supervisor" organizou uma reunião para oferecer "bolinhas" ao time. Ele garante que foi contra, mas sua posição não foi seguida por todos os companheiros.

Dirigentes e ex-atletas estão mostrando revolta em relação ao caso. O técnico da época, Valdir Espinosa, afirmou que pretende processar o jogador pelas denúncias. O dirigente gremista que esteve em Tóquio, Antônio Carlos Verardi, considerou o caso como "uma grossa e deslavada mentira".

"Não vou deixar que ninguém manche a história do Grêmio", promete o presidente do clube, Paulo Odone. Ele ressalta que Paulo César terá que provar na Justiça que o doping ocorreu.

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