A Delegacia Móvel de Atendi­­mento ao Futebol e Eventos (Demafe) concluiu ontem o in­­quérito referente ao homicídio do torcedor do Paraná Diego Henrique Gonciero, de 16 anos, morto em julho de 2012. O documento enviado ao Ministério Público sustenta que o autor do disparo foi o ex-presidente da torcida atleticana Os Fanáticos Fábio Marques. A arma utilizada pertencia ao também ex-presidente da facção Juliano Rodrigues. Os dois foram presos no dia 13 de março.

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"O autor foi o Barba Ruiva [apelido de Marques]. Já tínhamos a confissão dele e agora vai prestar explicações ao Mi­­nis­­tério Público", confirmou o delegado da Demafe, Clóvis Galvão. Marques segue detido no 3.º Distrito Policial.

Por outro lado, a juíza My­­chelle Pacheco Cintra, da 1.ª Va­­ra Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba, concedeu prisão domiciliar a Juliano Rodrigues – ele já está em casa. O argumento da defesa de Rodrigues para tirá-lo da detenção foi de que, segundo o estatuto da OAB, um advogado em prisão preventiva tem de ser mantido em sala do Estado Maior ou em prisão domiciliar. Como a Marina, o Exército e a Aeronáutica não tinham espaço para manter Rodrigues, decidiu-se por transferi-lo para a residência.

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Apesar de ter conseguido a prisão domiciliar, ele também foi incluído no inquérito entregue ao MP e terá de se defender da acusação contra ele. "A bala que matou foi do revólver dele. Ele que explique para a Justiça", disse Galvão.