Giuliano concorre ao prêmio de "melhor do Mundial"
A seleção brasileira decide o jogo na próxima sexta-feira (16), a partir das 15h, contra a seleção de Gana. Nesta partida, além do título, Giuliano pode confirmar mais um prêmio para aquele lugar sonhado por da Tarsília para juntar seus troféus e medalhas. Nesta quarta a Fifa divulgou a lista de jogadores que concorrem ao prêmio Bola de Ouro do Mundial sub-20.
Jornalistas de todo o mundo credenciados para o campeonato irão escolher qual é o craque da competição. O também brasileiro Alex Teixeira, bem como os ganeses Ransford Osei e Diminic Adiyiah, estão na disputa. Completam a lista Amer (Emirados Árabes), Jungwirth (Alemanha), Koman (Hungria), Koo (Coréia do Sul), Martinez (Costa Rica) e Mustacchio (Itália).
Na época em que o bordão "vai que é sua Taffarel" surgiu, o garoto Giuliano, então com apenas cinco anos, saltava com toda a vontade para defender as bolas chutadas por sua mãe e pelos amiguinhos da Vila Lindoia, em Curitiba. Sonhava tanto em ser goleiro, que exigia ser chamado de Taffarel e fazia birra quando alguém se negava a fazê-lo.
Passava o dia todo com uma camisa própria para suas defesas e se negava a tirá-la, temendo assim perder o status de ídolo. Sem a camisa, ninguém mais o reconheceria como o goleiro da seleção campeã do mundo em 1994. Um dia, sobrando goleiros e faltando jogadores de linha (fato raro no futebol), deixou a meta e passou a armar algumas jogadas. Gostou da nova função, aposentou as luvas e tornou-se meia.
A história, contada com aquele inigualável orgulho de mãe, emocionou a dona Tarsilia de Jesus Lima. Relembrando a infância de Giuliano, jogador revelado pelo Paraná Clube (atualmente no Internacional) e principal destaque da seleção brasileira no Mundial Sub-20, ela tenta explicar o que tem sentido nos últimos dias. Ver o filho numa final de Copa do Mundo, mesmo que seja pela equipe de juniores, a enche de orgulho.
"Eu estou feliz demais. Assisto aos jogos emocionada e não consigo não chorar quando vejo ele lá. Nossa família é pequena e estão todos torcendo muito por ele. Se Deus quiser ele vai conseguir esse título, pois merece muito por tudo que sempre fez e sonho desde o início da carreira", disse dona Tarsília, à Gazeta do Povo.
O mais difícil, garante, não é nem assistir aos jogos e torcer pelas vitórias. O problema é a saudade do quinto de oito filhos, tão longe. "Temos muita saudade, pois sempre fomos muito grudados. Queremos que ele fique lá o maior tempo possível, mas também queremos que ele volte logo", diverte-se com a confusão de sentimentos. "Ele já teve outras chances na seleção, mas dessa vez é diferente. Ele merece, pois é guerreiro e trabalhador. Nasceu para vencer e, apesar de ser suspeita, acho que ele vai brilhar muito ainda", completa a mãe coruja.
De goleiro em potencial a meia de sucesso
Quando a mãe de Giuliano resolveu contar sobre o antigo sonho do filho, a conversa ficou divertida. "Ele fazia eu ficar gritando Vai Taffarel a cada chute que alguém dava na bola. Uma vez quase brigamos porque ele não queria deixar eu lavar a camisa. Pense. O dia todo ele jogava bola com o Everton (irmão mais velho, também jogador de futebol, que hoje atua pelo São José-RS, na posição de volante), caindo no chão com ela. Era toda rasgada, mas ele adorava".
Hoje o jogador tem um novo ídolo. "Ah, é o Kaká, com certeza. Ele se espelha muito nele. Até evangélico, como o Kaká, ele é. Também é parecido na simpatia e humildade, pois eles não esquecem de onde vieram". E foi nesse lugar, a Vila Lindoia, que o meia do Internacional conheceu a noiva Andressa. "Ela tá aqui do meu lado. Vão casar, mas ainda não sabem quando", orgulha-se dona Tarsília, agora como sogra.
Dos primeiros campeonatos de várzea "Ele jogava o campeonato do boi, que tinha aqui perto, e ficava o dia todo. Às vezes eu até levava a marmita para ele e o Everton poderem comer, se não eles esqueciam até disso para os maiores estádios do mundo, Giuliano só cresce na profissão. Nem assim, esquece de onde saiu. "Ele deixou muitos amigos no Paraná e tem um carinho muito grande por ele. Temos muitas recordações dessa época. Um dia ainda faremos um lugar só para os troféus e medalhas que ele ganhou".
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