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Fã de música sertaneja, Branquinho (direita) admite que sonha em jogar na Europa: jogador tem contrato até 2012 com o Atlético | Antonio More/Gazeta do Povo
Fã de música sertaneja, Branquinho (direita) admite que sonha em jogar na Europa: jogador tem contrato até 2012 com o Atlético| Foto: Antonio More/Gazeta do Povo

Base

Coordenador vai para São Paulo

Fernando Rudnick

Ricardo Drubscky não é mais coordenador das categorias de base do Atlético. O treinador mineiro, de 50 anos, aceitou convite para comandar o Monte Azul, da Série A2 paulista em 2011. A mudança foi oficializada no site do clube paranaense no fim da tarde de ontem. Nascido em Belo Horizonte, ele passou a maior parte da carreira em clubes de seu estado natal, incluindo dois anos na base do América-MG, cinco no Atlético-MG e dez no Cruzeiro, além de ter dirigido o time profissional Ipatinga. Em 2008, Drubscky assumiu a coordenação das categorias de formação do Furacão. Por telefone, ele afirmou que sentia a necessidade de voltar a atuar como treinador. "Meu coração pedia", revelou ele, que admite estar iniciando um desafio. "Sei que não vou estar numa grande vitrine, mas [a oportunidade] caiu muito bem. A estrutura é ótima."

Wellington Clayton Gonçalves dos Santos. Se fosse citado só o nome, poucos atleticanos perceberiam que trata-se de um dos jo­­gadores que, pela participação no Brasileiro, tem se transformado em ídolo no Furacão. Porém basta dizer que se trata do meia Bran­­quinho para que seja devidamente reconhecido como um dos prin­­cipais responsáveis por manter o Atlético na rota da Liber­­ta­­do­res. Ele é Branquinho desde a in­fância, quando o apelido pegou por causa da cor clara da pele e dos cabelos.

O jogador chegou no CT do Ca­­ju após se destacar no Paulista pelo Santo André, time pelo qual dis­­pu­­tou a final contra o Santos. No entanto, poucos rubro-negros sa­­bem que o meia de 27 anos, natural de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, quase largou o futebol quando tinha 19 anos e vivia na periferia da cidade.

"Antes de eu me profissionalizar pelo Rio Preto, fiquei um ano e meio parado devido ao falecimento do meu pai, pois tive de trabalhar para ajudar a família", conta Branquinho. O trabalho não era dos mais comuns. "Eu era vendedor na empresa de um amigo. Ven­­dia vermífugo para gado, essas coisas, pois entendia um pouco de fazenda. Foi bastante legal, uma experiência que eu tive na minha vida."

Até que, com quase 21 anos, Branquinho virou o foco de um grupo de empresários da sua terra natal, que apostaram na qualidade do meia e o profissionalizaram no Rio Preto. "No primeiro campeonato, fui destaque da Série A2, tor­­nando-me o vice-artilheiro da equipe. Depois passei por Botafogo de Ribeirão Preto, Ulbra, do Rio Gran­­de de Sul, Barueri, Ceará, San­­to André e hoje estou no Atlé­­ti­­co", resume.

Pelo Santo André, onde foi co­­mandado pelo seu atual técnico, Sérgio Soares, ganhou destaque nacional. Com vários caminhos a escolher, optou pelo Atlético. "Eu tive uma proposta do futebol me­­xicano e outras interessantes de clubes considerados grandes do nosso país. Mas o Atlético ficou mui­­to tempo lá em São Paulo, uns dez dias em negociação. Mostra­ram o projeto para mim, de chegar à Libertadores, e eu decidi vir", conta o meia.

Fã de música sertaneja e do filme Lágrimas do Sol, com Bruce Willis, o jogador hoje vê a sua im­­portância no Furacão ficar cada vez maior. Muitos chegam a dizr que ele tende a ser o sucessor de Paulo Baier como o comandante do meio de campo atleticano. "É um jogador no qual eu me espelho muito, diferenciado, que conquistou tudo em sua vida. Fico feliz com a comparação, mas essa parte de me tornar um ídolo eu deixo para a torcida", desconversou Branquinho.

Quanto ao futuro, ele confessa que­­rer um dia jogar no futebol europeu, principalmente para po­­der ajudar mais a família. Porém ainda quer conquistar pelo menos um título no Atlético. Com contrato até o final de 2012, ele garante que não tem intenção de sair no momento e que deixa o assunto com a diretoria do clube e o seu empresário.

Se depender do gerente de futebol atleticano, Ocimar Bolicenho, a torcida ainda poderá ver muitas vezes o Wellington em campo. "A nossa intenção é ficar com ele o máximo de tempo possível. Até porque é uma posição que tem muita carência de jogadores no mercado", resumiu o dirigente, satisfeito com uma das principais contratações do Atlético no ano.

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Interatividade

O meia Branquinho foi a melhor contratação do Atlético em 2010? Onde mais a diretoria acertou? E onde errou?

Escreva para arquibancada@gazetadopovo.com.brAs cartas selecionadas serão publicadas na Gazeta Esportiva.

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