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Vídeo| Foto: TV Paranaense

Assunção – Foi muito tarde a reação paranista. O gol de Joélson cobrando falta aos 39 minutos do segundo tempo, empatando o jogo em 1 a 1, apenas prolongou por alguns minutos a esperança de que o Tricolor poderia virar a partida e levar para os pênaitis a decisão da vaga nas quartas-de-final da Libertadores.

O Paraná demorou demais para se dar conta de que era possível vencer os paraguaios no Estádio Defensores del Chaco, contra um público pequeno e sem pressão. Que não era tão difícil pressionar e buscar o resultado desejado. Fez um péssimo primeiro tempo e deixou que o adversário ampliasse a boa vantagem que havia conseguido ao vencer por 2 a 1, na Vila Capanema.

Tanto que, com todas as dificuldades, ficou a impressão de que se houvesse mais alguns minutos de jogo, a virada sairia. Aliás, poderia ter saído se Lima não perdesse uma chance cara a cara com o goleiro Bava, aos 46 minutos. Assim como o primeiro gol poderia ter vindo bem antes, caso Josiel também não invadisse a área sozinho e desperdiçasse a oportunidade. Ou se Joélson não demorasse a chutar depois de uma falha do goleiro e fosse travado pela defesa. E mesmo se o árbitro Ruben Selman marcasse dois pênaltis – um deles claro, de mão na bola – para os paranistas.

Reflexo da falta de confiança demonstrada pela equipe, ainda abalada pela perda do título estadual. Problema que ficou evidente no péssimo primeiro tempo, com um número absurdo de passes errados. E talvez até no gol sofrido por Flávio, aos 13 minutos de jogo. Num chute cruzado de fora da área de Gamarra, ele errou o tapa e viu a bola morrer na rede.

Em 45 minutos o Paraná conseguiu criar apenas uma chance de gol. Mas o chute de Joélson passou perto da trave direita e foi para fora. Situação que mudou após o intervalo. Surpreendentemente, após a saída do melhor jogador da equipe, o meia Dinélson, que como contra o Paranavaí voltou a atuar muito mal. O centroavante Lima entrou em seu lugar e pelo menos deu mais presença ofensiva ao time. Ainda na primeira etapa, Zetti foi obrigado a trocar o lateral-esquerdo Egídio por João Paulo, compondo uma linha de três zagueiros que soltou os alas.

Na base da insistência, contando com algumas falhas da defesa paraguaia, as oportunidades iam surgindo e sendo desperdiçadas. Assim, o gol de Joélson acabou saindo tarde demais para o time se dar conta de que realmente poderia ser o adversário do Boca Juniors nas quartas-de-final da Libertadores.

Em Assunção

Libertad 1 x 1 Paraná

Libertad

Bava; Bonet, R. Martínez, Sarabia e Balbuena; Cáceres, Guiñazú (Bareiro), Riveros e Aquino (Marín); Roberto Gamarra (O. Martinez) e Rodrigo López. Técnico: Sergio Markarián.

Paraná

Flávio; Leo Matos (Gérson), Toninho, Daniel Marques e Egídio (João Paulo); Beto, Xaves, Joélson e Dinelson (Lima); Vinicius Pacheco e Josiel. Técnico: Zetti.

Estádio: Defensores del Chaco. Árbitro: Rubén Selman (CHI). Gols: Gamarra (L), aos 12 do 1.º tempo; Joélson (P), aos 39 do 2.º tempo. Amarelos: Toninho, Joélson, Daniel Marques, Leo Matos (P); e Balbuena (L). Vermelho: Vinícius Pacheco (P).

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