Boca Juniors- A “caixa de bombons” é campeã absoluta de visitações. Situada no bairro italiano La Boca, recebe 3 mil pessoas por dia, em alta temporada. Fluxo importante, graças, em parte, ao eficiente marketing do clube. Além da chance de invadir todas as portas e corredores da mítica cancha, há ainda um museu sobre o time de Diego Maradona – e, claro, toda a sorte de merchandise disponível. “Todo mundo que visita Buenos Aires acaba vindo aqui, não tem jeito. Até mesmo nós, mulheres, que não somos tão ligadas em futebol, já ouvimos falar. Gostei bastante”, comenta Maria Luiza Sousa, advogada de Salvador, Bahia. Brandsen, 805, La Boca| Foto: Hedeson Alves, enviado especial / Gazeta do Povo
Huracán- Próxima à Bombonera, e praticamente desconhecida, está a morada do Huracán, outra agremiação rebaixada na última temporada. O estádio de fachada imponente e curiosa serviu de locação para
Avellaneda- Dois estádios separados por uma rua já seria motivo suficiente para visitá-los. Melhor ainda se os clubes são rivais e clássicos do futebol local. De um lado, está o El Cilindro, do Racing. Alguns passos adiante, o renovado Libertadores da América, do Independiente. Ambos em Avellaneda, região metropolitana de Buenos Aires . O primeiro já recebeu 100 mil pessoas, hoje tem capacidade para 65 mil.

Buenos Aires - Buenos Aires é um parque de diversões encantado para os apaixonados por futebol. Em nenhum outro lugar do mundo – Londres, talvez – há tantas canchas para visitar, rivalidades para conhecer, ídolos da bola para amar ou odiar.

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Considerando a região metropolitana, são cerca de 40 estádios com capacidade, pelo menos, 10 mil torcedores. Há os gigantes famosos Monumental de Nuñez e La Bombonera, dos inimigos-mortais River Plate e Boca Juniors, respectivamente. Médios, como os de Racing e Independiente, separados apenas por uma rua, em Avellaneda. E dezenas de pequenos com jeitão de suburbana curitibana.

Tudo isso para abrigar equipes nas três divisões da Argentina. Só na elite, a grande Buenos Aires possui 10 clubes, metade dos disputantes – sem contar o Estudiantes, de La Plata, distante somente 57 quilômetros da capital, e o River, maior vencedor do país, recentemente rebaixado.

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Apesar dessa gama de praças esportivas, não há um programa turístico que ofereça uma turnê completa pelas edificações argentinas. Existem operadoras que levam os estrangeiros aos jogos. Assim, os fãs mais exigentes terão de ir na raça – ou, na expressão usada por aqui, "hay que poner huevo" (tradução literal: tem de botar um ovo) para desbravar os templos da bola.

São praças que podem ser analisadas por dois ângulos. Considerando o paradigma atual, das arenas inglesas e da Copa do Mundo, o visitante vai se sentir na Idade Média ao se deparar com grades, arame farpado e banheiros sinistros. Agora, o torcedor à moda antiga, vai matar a saudade de sua velha segunda casa.

Selecionamos quatro deles, todos próximos, a no máximo quinze minutos de distância um do outro.