Atleticanas
Mesmo time O técnico Antônio Lopes testou no coletivo de ontem a mesma formação comandada por Oswaldo Alvarez no desastre contra o Goiás e há chance de o time se repetir no domingo. "Trabalhamos já pensando no jogo contra o Fluminense. Foi o primeiro treino, procuramos colocar o mesmo time, a base anterior", explicou o treinador.
Recuperação relâmpago O zagueiro João Leonardo havia sofrido uma contusão no joelho esquerdo após um choque com o goleiro Harlei, do Goiás, no domingo. Divulgou-se a possibilidade de uma ausência de dez dias, mas ele está recuperado.
Susto "Comecei a lembrar de tudo que aconteceu com vários jogadores, que infelizmente tiveram que fazer a cirurgia no joelho e fiquei assustado. Não conseguia fazer nada com a perna e fiquei com medo. Só passou depois dos resultados dos exames", declarou o jogador ao site oficial do clube.
itália O volante Alan Bahia estaria nos planos do Genoa para a temporada 2007/ 2008, que começa em agosto. A informação foi divulgada por sites italianos.
Assédio francês O atacante Pedro Oldoni também recebeu sondagens do futebol francês. A procura pelo atacante foi confirmada pelo presidente do Conselho Gestor, João Augusto Fleury da Rocha, mas não teria evoluído.
Católico fervoroso, Antônio Lopes teve ontem pouco tempo para devoção mesmo sendo o dia de Santo Antônio, padroeiro dos pobres e xará do treinador. Antes das oito horas da manhã estava ele no CT do Caju para iniciar o trabalho como novo comandante atleticano. Uma conversa de 50 minutos precedeu o que o Delegado mais gosta: trabalho.
De cara, o técnico comandou um coletivo pela manhã para conhecer melhor os jogadores e fez mais uma atividade à tarde na qual tirou os primeiros diagnósticos sobre seu "novo-velho" clube. "Posso dizer que é a nossa (leia-se minha) casa", definiu o treinador ao iniciar sua terceira empreitada no Furacão.
Lopes indicou a necessidade de enxugar o elenco. Além do time B, que treina separadamente, o grupo principal também estaria um pouco inchado. "Hoje o trabalho é quase individualizado. Muita gente atrapalha. O número ideal de jogadores, na minha opinião, é de 28 atletas e temos 32. Ainda vamos analisar", explicou. Eventuais contratações também só após tal análise.
Se para isso ainda há tempo, o treinador espera corrigir às pressas algumas falhas da equipe até o jogo de domingo, contra o Fluminense, na Arena. Ele assistiu aos vídeos de várias partidas, especialmente do jogo contra o Goiás, que sacramentou a queda de Oswaldo Alvarez considerada pelo ex-treinador como a pior apresentação nos seus dez meses à frente da equipe. "Teve bastante erro", atestou Lopes, sem apontar falhas individuais.
A missão também será resgatar o ânimo da equipe. "Não vamos conseguir mudar da noite para o dia, porém vamos trabalhar tanto a parte técnica como o lado psicológico. É pouco tempo (até o jogo), mas vamos fazer as duas coisas."
A estréia será em casa, um reduto hoje temido por parte do elenco por causa das cobranças vindas das arquibancadas. O Delegado já tem uma solução. E não é um pedido de trégua à torcida e sim um recado às lamúrias.
"O segredo é jogar bem. Se aplicar, correr, lutar. A torcida do Atlético não é um tipo de torcida que se revolta com erros técnicos, o que quer é um time vibrante", garante, para em seguida convocar o público.
O trunfo para seduzir a platéia está no passado. Em 2005 o torcedor não assistiu a nenhum tropeço na Arena sob o comando de Antônio Lopes. Em doze jogos foram oito vitórias e quatro empates.
Após levar o Rubro-Negro ao vice-campeonato na Libertadores, Lopes considera possível o time lutar este ano pelo troféu da Copa Sul-Americana. "Acho que o Atlético tem condições de brigar por esse título inédito na história do clube", afirmou.
No Brasileiro, a pretensão é uma vaga no principal torneio continental. Já o título nacional seria uma surpresa "como foi o Atlético chegar na final da Libertadores em 2005", ponderou.