Xangai - A maior bandeira de marketing da Fórmula 1 sempre foi: "Desen­­volvemos a tecnologia que no futuro vai estar nos veículos de série, tornando-os mais seguros e eficientes." A principal preocupação da humanidade agora, no entanto, é com a preservação do planeta. E a Fórmula 1 tem de continuar sendo o laboratório avançado dos experimentos com carros, promover uma compatibilização ecológica. Por isso vem aí, a partir de 2013, a "Fórmula 1 verde".

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As discussões já estão em curso há meses. E o tema já entrou na reta final de definição. "Não dispomos mais de tempo, o que nos aguarda é realmente algo bastante diferente do que fazemos hoje. É preciso anos e elevados investimentos para desenvolver conhecimento nessas novas áreas", explicou Stefano Domenicali, diretor da Ferrari. O objetivo é estabelecer até ju­­lho o conjunto de medidas que se­­rão adotadas. "A minha primeira pergunta é se o que buscamos é uma ação ecológica de verdade ou apenas ficar nas aparências", disse Adrian Newey, diretor-técnico da Red Bull.

Alguns parâmetros já foram acertados. A Fórmula 1 terá de ser um exemplo na redução do volume de materiais empregados, dos custos, na recuperação de energia, na economia de combustível e poluir o menos possível. Mais: não perder sua espetacularidade, essencial para sua sobrevivência.

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Isso faz com que a maior alteração ao modelo em curso atinja a natureza do motor. As reuniões re­­a­­lizadas até agora definiram o cha­­mado "Indentikit". É muito provável que em 2013 a F-1 volte a ter motores turbo. Mas de rendimento superior aos adotados na competição quando foram utilizados anteriormente, de 1977 a 1988. O motor deverá ter 1,5 litro, qua­­tro cilindros em linha. Hoje os motores são aspirados, de 2,4 litros e V-8.

O combustível se­­rá fóssil ainda. Mas o controle de emissão de poluentes promete ser severo. Assim como o consumo, pre­­­­visto para ser a metade do atual. No ano passado, estreou na Fórmula 1 o sistema de recuperação de energia (Kers), que transformava a energia antes desperdiçada nas frenagens em potência extra para o motor. Em 2013, em vez de atuar apenas nas rodas traseiras, como em 2009, o Kers trabalhará nas quatro rodas.