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Aos 8 anos, Angela Park foi levada pelo pai para os Estados Unidos. Lá, se tornou uma das melhores golfistas do mundo e, em 2007, com 18 anos, ganhou destaque ao conquistar o vice-campeonato do US Open, um dos quatro torneios mais importantes do circuito mundial.

Hoje, com 21, a paranaense de Foz do Iguaçu que tem origem coreana e dupla cidadania (americana e brasileira), comemora a volta do golfe ao programa dos Jogos Olímpicos. Em entrevista concedida por e-mail ao GLOBOESPORTE.COM, Angela se diz se diz fã de Pelé e pão de queijo e deixa claro: jogará pelo Brasil nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

"Acho que minhas chances (de competir no Rio) são bem grandes. Seria uma honra representar um país tão importante. Sempre jogarei pelo Brasil, não importa há quanto tempo eu more aqui (nos EUA). Desde meu primeiro torneio profissional ou mesmo como amadora sempre defendi a bandeira brasileira".

Como deixou o Brasil muito jovem, Angela fala pouco o português - a entrevista foi feita em inglês. A situação deve mudar até 2016, já que a golfista promete melhorar seu conhecimento do idioma.

Da mesma maneira, Angela garante que tentará assumir papel importante no desenvolvimento do golfe brasileiro. Ela se espelha na mexicana Lorena Ochoa, atual número 1 do mundo no golfe feminino e considerada a melhor atleta da modalidade na história de seu país.

"Este é o papel que Lorena Ochoa abraçou e ainda abraça para o México. É uma meta distante para mim, e ainda tenho vários passos a dar antes de chegar lá, mas acredito que posso fazer isso".

O começo da caminhada de Angela já é parecido com o trajeto da mexicana. Com 19 anos, a brasileira foi eleita a caloura do ano de 2007 pela LPGA, a entidade que regula o circuito profissional de golfe nos Estados Unidos. Lorena recebeu a honraria em 2003, com 22.

Angela diz ainda que os Jogos Olímpicos serão uma chance para que golfe, esporte em crescimento no Brasil, dê um salto grande de popularidade.

"Tudo é possível. Nós, golfistas brasileiros, temos uma enorme oportunidade, com as Olimpíadas, e o golfe na lista dos esportes, de mostrar às pessoas no Brasil que existem golfistas talentosos no país. O panorama pode mudar tremendamente, sem dúvida".

Angela sente falta dos poucos amigos que tem no Brasil e também da comida típica, mas consegue matar parte da saudade do país vendo a TV Globo Internacional e indo a alguns restaurantes de Orlando, no estado americano da Flórida, onde mora. Aos poucos, seu português também vem evoluindo.

"Eu como churrasco pelo menos uma vez a cada duas semanas. Ou vou a uma churrascaria ou meu irmão faz o melhor churrasco do mundo em casa. Minha cunhada disse, dois dias atrás, que parecia que meu português tinha melhorado, então sim, estou falando melhor", respondeu, com um sorriso, digitado após a frase: "=)".

A jovem brasileira também listou algumas de suas preferências de seu país natal: Claudinho e Buchecha, "os cantores da primeira canção brasileira que eu ouvi nos Estados Unidos", pastel, pão de queijo e coxinha, "o que eu comia quando era criança no Brasil, mas admito que pão de queijo é o preferido", São Paulo, "amo absolutamente tudo de São Paulo, fora o trânsito", e Pelé, "a maior das lendas, é como ele que quero ser representada nos próximos anos".

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