Sob pedidos de justiça, torcedor é sepultado
Folhapress
Entoando o grito de guerra do Sport e pedindo "justiça", cerca de 500 pessoas, entre familiares, amigos e integrantes da Torcida Jovem, acompanharam ontem o sepultamento do corpo de Paulo Ricardo Gomes da Silva, assassinado na sexta-feira ao ser atingido por um vaso sanitário lançado do Estádio do Arruda, no Recife. A mãe de Paulo Ricardo, Joelma Valdevino da Silva, 44 anos, passou mal e desmaiou ao menos duas vezes.
Dezenas de integrantes da Torcida Jovem compareceram uniformizados e conduziram o cortejo pelo cemitério de Santo Amaro, no centro do Recife, com uma enorme bandeira da organizada, em que apareciam os "Irmãos Metralha", personagens de quadrinhos infantis.
Alguns parentes vestiam camisa com uma foto de Paulo Ricardo em que ele aparece com os braços cruzados formando um "X", símbolo da facção. A família disse que ele não era filiado à torcida, apesar de diversas fotos no perfil dele em uma rede social o mostrarem uniformizado.
A Fúria Independente, principal organizada do Paraná, lamentou, em nota, a "perda de um grande irmão". Era uma referência ao torcedor do Sport Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos, morto na sexta-feira, no Estádio do Arruda, no Recife, ao ser atingido por um vaso sanitário, depois que o time paranaense empatou com o Santa Cruz por 1 a 1, pela Série B. Ele integrava o grupo de fãs do Tricolor, com quem a Torcida Jovem, do Rubro-Negro pernambucano, principal rival do Santa Cruz, mantém parceria.
No texto, a facção paranista reclama da "atitude demente" e "imbecil" de quem atirou o objeto. "Não perdemos só um amigo ou aliado, perdemos mais um pedaço do amor que sentimos pelo futebol", afirma a nota.
A direção do Paraná também se pronunciou. Por meio de nota publicada no site oficial, o clube pediu "que a justiça seja feita e os responsáveis sejam punidos". "O clube, que sempre combateu todo e qualquer tipo de violência, repudia todas as manifestações contra a vida", diz o texto.
A polícia ainda não tem suspeitos do crime. Secretário de Defesa Social do Recife, Alessandro Carvalho, responsabilizou o Santa Cruz, que tinha o mando do jogo, pela morte do torcedor.
Já o presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, disse que o time "se sente vítima" e que o estádio estava fechado no momento do crime. Por determinação da CBF, o Arruda está interditado. O clube terá ainda de fazer os dois próximos jogos em local neutro e com portões fechados.
Esse não é o primeiro caso de confusão entre torcedores de Sport e Santa Cruz. Em março, fãs do Tricolor arrancaram privadas da Ilha do Retiro, sede do Leão. Também há registro de depredação e arrastões. Por causa dos episódios recentes, as organizadas de Pernambuco estão proibidas pela Justiça, desde abril, de entrar em estádios do estado.
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