Sonnen participa do UFC no sábado (28)| Foto: UFC

Evans e Davis fazem o embate principal

Apesar de Chael Sonnen ter conseguido atrair a maior parte dos olhares esta noite no UFC, o duelo principal do evento, en­­tre os americanos Rashad Evans e Phil Davis, promete ser mais empolgante onde realmente de­­ve ser: dentro do octógono.

Evans, 32 anos, ex-compa­nhei­ro de treinos do campeão dos meio-pesados (até 93 kg) Jon Jones, batalha para conquistar o direito de disputar o cinturão contra o hoje desafeto.

O ainda invicto Davis, por outro lado, mesmo que seja responsável pela segunda derrota da carreira de "Sugar", não ocupa o primeiro lugar da fila de de­­safiantes – o veterano Dan Henderson, que venceu o curitibano Maurício Shogun em novembro, seria o escolhido.

"Se o UFC tem outro nome pa­­ra disputar o [título], tudo bem, é o que eles têm de fazer. Mas isso não vai me fazer parar o que faço, que é continuar vencendo", acredita Davis, 27, wrestler de primeiro nível nos EUA e com nove triunfos no MMA.

Com um lado falastrão também bastante pungente, Evans, ex-campeão da categoria, adotou a provocação como ataque. "Algumas pessoas lutariam me­­smo se não fossem pagas, como eu. Phil não é. É uma mentalidade diferente. E vocês vão descobrir o que isso significa", cu­­tu­­ca Evans, que compete profissionalmente desde 2004, contra apenas três anos de ex­­pe­­riência de seu oponente. (FR)

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O personagem é falastrão, polêmi­co, engraçado e provocador. Além de um lutador competente de MMA (artes marciais mistas), o americano Chael Sonnen, 34 anos, carrega deliberadamente os adjetivos acima em sua persona. Um gangster, de West Linn, Oregon, como o próprio se autoproclama.

Ao atuar, desagrada a milhões, encanta a alguns e entretém ou­­tros milhares. Na madrugada deste domingo, em Chicago (EUA), Son­­nen sobe novamente ao seu principal palco – o octógono do Ultimate Fighting Championship (UFC). O peso médio (até 84 kg) en­­frenta o inglês Michael Bisping, ou­­­­tro atleta entre os mais odiados. Em jogo, no UFC on Fox 2 a chance de disputar o título da categoria contra o brasileiro Anderson Silva, em junho, em São Paulo.

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Inteligente e com formação em sociologia, o americano sabe promover seu show. Em várias oportunidades, no entanto, ultrapassa o limite do bom-senso, principalmente quando fala de maneira pe­­jorativa do Brasil e de seus lutadores. Tudo premeditado. Ele não mede consequências para ter a re­­vanche de agosto de 2010, quando o curitibano finalizou o rival com um triângulo no último round, após quase cinco assaltos em am­­pla desvantagem.

Depois daquele combate, Son­­nen ainda foi pego no exame antidoping, ficou um ano suspenso do UFC e também foi acusado de lavagem de dinheiro pelo governo dos EUA. Nem isso o acalmou. Voltou melhor do que nunca contra o Briann Stann, em outubro de 2011. E continuou a rotina de provocações.

Chegou a afirmar, inclusive, que nunca mais iria lutar contra An­­derson Silva. Em outro jogo de cena, desafiou os campeões Jon Jo­­nes (até 93 kg) e Georges St. Pierre (até 77 kg).

Por último, apareceu na coletiva de imprensa da última quinta-feira carregando o cinturão de cam­­peão. O modelo, entretanto, não passava de uma cópia vendida como souvenir na internet.

"É meu cinturão, dormi com ele na última noite", garantiu Son­­nen, dono de um histórico de gran­­des resultados no wrestling (luta olímpica).

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"Vocês estão olhando para o re­­flexo da perfeição, aquele que tem toda sua atenção. Estão olhando para o homem com os maiores braços, com o maior charme. O ho­­mem que, em Chicago, vai causar muitos danos naquele que está ali ao lado [Bisping]", continuou, ri­­mando como se fosse um rapper.

"É claro que ele é o melhor, é o Muhammad Ali, é o campeão e tu­­do mais. E eu sou só um cara da Inglaterra tentando lutar. Que chance tenho?", ironizou Bis­­ping, que apesar de ter somente três derrotas na carreira, é cotado como grande azarão pa­­ra a disputa. Anderson Silva não vai perder esse duelo.

Brasileiros no card

Os paulistas Demian Maia e Charles "Do Bronx" Oliveira são os únicos brasileiros no UFC on Fox. Maia enfrenta o americano Chris Weidman e Oliveira pega o desconhecido Eric Wi­­se­­ly.