Foi só com um gol aos 47 minutos do segundo tempo, com Dênis Marques em posição de impedimento, que o Atlético voltou a ganhar na Arena depois de 108 dias. Mas a vitória sobre o Juventude poderia ter sido mais fácil se o time tivesse convertido as boas oportunidades no jogo.
Um desperdício que não começou agora. Nas duas rodadas anteriores, as derrotas para Goiás e São Caetano aconteceram muito em função do baixo aproveitamento ofensivo. Fase que coincidiu com a saída da dupla titular, Dagoberto e Pedro Oldoni (vice-artilheiro do campeonato, com seis gols), ambos contundidos.
Para o meia Evandro, as ausências não foram o problema, e sim o nervosismo. "Tivemos uma seqüência de jogos que criamos muito e erramos as finalizações. Tenho certeza de que isso ocorreu porque estávamos ansiosos demais com a necessidade de ganhar", afirmou.
Segundo ele, o bom resultado de sábado devolveu a confiança ao time. "Com essa vitória acho que vamos ter mais tranqüilidade para jogar", disse, chegando a arriscar que, se a defesa conseguir parar o forte ataque do Cruzeiro amanhã, o Atlético deve trazer uma vitória de Belo Horizonte.
Porém o próprio Evandro pode se tornar uma vítima dos gols perdidos. No primeiro coletivo da semana, ontem, perdeu a vaga no meio-de-campo para Fabrício. Isso dificilmente aconteceria se, por exemplo, tivesse mandado para a rede um chute que parou no travessão no primeiro tempo contra o Juventude.
Já os colombianos Ferreira e Herrera, que têm os maiores índices de desperdício, devem continuar como dupla de ataque Dagoberto segue vetado por causa de uma lesão na coxa direita e Pedro Oldoni, recém-recuperado de um problema no tornozelo esquerdo, pode ficar no banco.
Cabe lembrar que a atual formação ofensiva tem o mérito de chegar com mais facilidade ao gol. Nas primeiras rodadas o problema era a falta de criatividade, que ficou evidente nas derrotas para Fluminense, Santos e Internacional e no segundo tempo da vitória sobre o Santa Cruz.
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