A uma semana da eleição que vai definir o novo presidente do Paraná, o clube ainda não possui oficialmente nenhum candidato. O caixa paranista surge como tema central na lenta definição de nomes.
Não há certeza nem mesmo quanto à composição das articulações políticas, podendo haver apenas uma chapa ou até uma disputa entre três correntes.
Por enquanto, o principal nome do pleito é o atual mandatário, Aquilino Romani. Ele é o organizador dos movimentos de aproximação entre os atuais diretores e o grupo opositor, comandado pelo ex-presidente, José Carlos de Miranda.
Segundo Miranda, que esteve à frente do Tricolor entre 2004 e 2007, o duelo nas urnas vai depender de por quem Romani optar para encabeçar a situação. "Todas as cartas estão com o Aquilino", garantiu.
A reportagem não teve sucesso nas tentativas de ontem para ouvir Romani sobre as possíveis articulações.
O presidente do Conselho Deliberativo, Benedito Barboza, garantiu que o pouco tempo para a eleição não prejudica uma possível sucessão. "Não acho que atrapalha ou interfere. Dentro da política interna do clube é normal. Pode ser estratégia", afirmou.
Fator decisivo no pleito será a questão financeira. Com problemas nos últimos anos para equilibrar o caixa e garantir boas contratações, o clube vem sofrendo com o déficit no orçamento. Por isso, as alas políticas elegeram a busca por um investidor como a principal plataforma de campanha, deixando de lado o embate de ideias.
"Não vai ser uma disputa ideológica. A coisa é muito simples. Eu, José Carlos de Miranda, não tenho condições financeiras de assumir o clube, assim como o meu grupo. Na primeira ou segunda semana de janeiro o pessoal vai estar lá na fila para receber salário. Estamos procurando um investidor, assim como o Aquilino", explicou Miranda.
O prazo para o encerramento das inscrições das chapas candidatas é este domingo, às 18 horas. Até lá, as negociações deverão seguir acontecendo nos corredores.
Uma terceira via, ligada à parte social do clube, também está se articulando nos últimos dias e pode ser a surpresa.
Além da indefinição de nomes, a data da votação também entrou em cheque. O show da banda de rock Pearl Jam na Vila Capanema, no mesmo dia do pleito, irá utilizar diversos funcionários do clube, o que prejudicaria a operacionalização da votação.
Barboza garante que qualquer alteração no calendário será definida pelos postulantes ao cargo. "Eles é que vão decidir sobre isso. Pode ser que seja dia 9 com a força de trabalho reduzida, no dia 10 ou no dia 16", explicou.
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