Potosí tenta adiar jogo de estréia

Real Potosí e Flamengo, jogo marcado para abrir o grupo 5 da Libertadores, onde está o Paraná, pode não acontecer. Pelo menos não no dia 14, quarta-feira que vem. É esse o desejo da diretoria do clube boliviano, que teme não entregar o Estádio Mário Mercado nas condições exigidas pela Conmebol para abrigar jogos do torneio continental. Se tiver de sair de Potosí, o Real perderá sua grande arma: a altitude de 4.030 metros da cidade mais alta do mundo.

O principal problema é a Curva Sul da praça esportiva, que não deve ficar pronta em tempo, segundo informou o site Red Bolívia. Amanhã, uma comissão da Federação Boliviana – e possivelmente algum integrante da CBF – deve fazer uma vistoria no local e liberá-lo ou não para o jogo.

Ao contrário de Paraná, Flamengo e Maracaibo, o Real Potosí ainda não jogou oficialmente em 2007. A equipe se reforçou com jogadores experientes, como o zagueiro paraguaio Mattos e os bolivianos Ribeiro (lateral-direito) e Colque (meia), ambos com passagem pela seleção de seu país. A grande esperança, porém, é o atacante Líder Paz, um dos principais jogadores da Bolívia.

Quem também chama a atenção é o goleiro Barrientos. Não pela sua performance, mas pelo primeiro nome: Hamlet.

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Uma equipe fundada há apenas seis anos, mas que já possui duas Libertadores no currículo, com uniforme vermelho e azul, colocada exatamente no meio da classificação do seu campeonato nacional e que ataca os adversários com Cafu e Fantasma. Esse é o Unión Maracaibo, primeiro oponente do Paraná na fase de grupos do principal interclubes das Américas. O jogo está marcado para a próxima quinta-feira, às 20h30 (de Brasília), no Estádio Jose Encarnacion "Pachencho" Romero.

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O Unión surgiu de uma maneira curiosa, graças a um sistema de franquias similar ao das ligas profissionais norte-americanas. Em 2000, os donos do Atlético Zulia decidiram transferir o clube de Maracaibo para Merida. Sem um time na cidade, um grupo de empresários e o prefeito decidiram fundar uma nova equipe. A escolha das cores foi fácil. O azul e o vermelho são as cores da municipalidade, além de também vestirem o Barcelona (azul e grená, na verdade), time do coração de Alfredo Dominguez, um dos fundadores do Unión.

Além das cores, o Maracaibo carrega outra semelhança com o Paraná: a conquista de títulos nos primeiros anos de existência. Se nos seus seis primeiros anos o Tricolor já colecionava quatro taças estaduais e uma da Segunda Divisão, o Unión, no mesmo espaço de tempo, deu a volta olímpica quatro vezes em seu país. Na Venezuela, a exemplo da Argentina, a temporada é dividida em torneio Clausura e Apertura. Ou seja, são dois campeões nacionais por ano.

A rápida ascensão em casa levou o Unión a duas Libertadores. No continental, porém, o time não repetiu o mesmo vigor, embora tenha uma marca interessante e animadora: nas duas edições, caiu na chave da equipe que seria campeã.

Em 2004, até surpreendeu ao ficar em segundo no grupo que contava com o Once Caldas, que venceria aquela edição, e o argentino Velez Sarsfield, campeão de 1994. Na repescagem, entretanto, perdeu por 6 a 1 para o Barcelona, do Equador, e foi eliminado.

No ano passado, ficou a um ponto da classificação no grupo que contava com o campeão Internacional e o uruguaio Nacional.

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Para a Libertadores 2007, o Unión terá de superar a inconstância das primeiras rodadas do Campeonato Venezuelano. Em seis jogos, tem duas vitórias, três empates e uma derrota. É o sexto colocado em um torneio jogado por 11 associações.

O time tem jogadores de seleção, como o goleiro Angelucci, e estrangeiros de bom nível, como os meias argentinos Figueroa e Galván, ou o zagueiro uruguaio Bevaglio. A aposta do técnico chileno Jorge Pellicer, entretanto, é em uma dupla de ataque que chama a atenção tanto pelo nome quanto pela velocidade: o colombiano Orlando "El Fantasma" Ballesteros e o venezuelano Daniel "Cafu" Arismendi.