O curitibano Augusto Farfus Júnior é o único brasileiro na World Touring Car Championship (WTCC). Ele já está há oito anos na Europa e passou por diversas categorias antes de chegar ao Mundial, em 2004. Por tudo isso, emoções fortes não faltaram na carreira do piloto. Entretanto, correr em casa por uma competição de grande importância, será novidade.
Aos 22 anos, Farfus vai finalmente sentir a sensação de ser o anfitrião domingo, quando a WTCC chega pela primeira vez à América do Sul, no Circuito Raul Boesel, em Pinhais.
"Pela primeira vez vou poder dormir na minha casa antes de uma corrida. Competir em Curitiba é uma grande responsabilidade", afirma ele, que guia um Alfa Romeo no campeonato.
A última vez que o piloto correu em casa foi em 1998. Na época, pilotava um kart e não poderia sonhar que ficaria tanto tempo longe das pistas da cidade.
"Eu nunca corri no Autódromo de Pinhais, mas isso faz parte do automobilismo. Para minha equipe vou poder passar apenas uma idéia superficial da pista", reconhece.
O que Farfus não esperava era ter de fazer as vezes de anfitrião muito antes da prova. Com a crise da Varig, o piloto já teve de auxiliar colegas. Especialmente os 16 italianos da categoria que partiriam de Milão no início da semana e tiveram de alterar os roteiros. Imprevistos que trazem perda de tempo para as equipes e arranham a imagem do Brasil.
Se fora da pista os problemas estão incomodando, dentro não há nenhuma previsão para que os contratempos ocorram. O Autódromo Internacional de Curitiba está aprovado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
"A pista é de alto nível, foi inspecionada e a avaliação foi positiva. É melhor do que algumas da Europa", assegura o italiano Fabio Ravaioli, delegado da FIA.
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