Enquanto o Botafogo comemora sua suposta inocência no caso do doping de Dodô, a Pharmacy, farmácia de manipulação responsável por fornecer as cápsulas de cafeína ao clube, jura inocência. Segundo o dono da empresa, seria impossível a contaminação com femproporex.
- A manipulação é feita em locais diferentes e em cápsulas de tamanhos diferentes. Quem garante que os frascos mandados para a USP não foram abertos e depois lacrados? Não posso me responsabilizar pelas cápsulas depois que elas saem da farmácia. Estão me usando para livrar o Botafogo e o Dodô - afirma Milton Luís Sant'ana, dono da Pharmacy ao jornal "O Globo".
Funcionária da Pharmacy, a farmacêutica Otávia de Souza mostrou a nota fiscal da compra da cafeína pelo Botafogo e ainda exibiu um laudo atestando a pureza da substância. Ela ainda negou fornecer o produto para o clube há dois anos, como informou o presidente alvinegro Bebeto de Freitas.
No último sábado, o Botafogo exibiu um laudo da USP comprovando que três lotes de cápsulas de cafeína estavam contaminados com femproporex. Carlos Augusto Montenegro, vice de futebol do Botafogo, prestou queixa na 14ª Delegacia Policial contra a farmácia.
- Ele veio à Pharmacy, falou comigo e perguntou se sabíamos quanto de dinheiro havia envolvido, que o Botafogo poderia perder 15 pontos, e pediu desculpas - conta Milton Sant'ana.