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Vista mais ampla mostra o belo circuito de rua de Valência, na região portuária da cidade espanhola | Jose Jordan/AFP
Vista mais ampla mostra o belo circuito de rua de Valência, na região portuária da cidade espanhola| Foto: Jose Jordan/AFP

Lewis Hamilton havia antecipado ainda na quinta-feira que correria em Valência pensando mais no campeonato. Não assumiria riscos elevados para vencer. "Será fundamental marcar pontos nas sete etapas que restam", argumentou. Ontem, portanto, o segundo lugar, sem forçar em nenhum instante, atendeu seu planejamento. Mas quase que ele não largou no GP da Europa. Motivo: problemas de saúde. "Cheguei a Valência com gripe, tive febre todos os dias e baixo nível de energia." A McLaren colocou Pedro de la Rosa, piloto de testes, de prontidão.

Ninguém sabia até o jovem e talentoso piloto inglês contar o que se passava na entrevista coletiva. "Mas a maior dificuldade foi com o espasmo no pescoço, quase não me deixa mesmo largar. Tomei injeção no pescoço e muitos analgésicos." Seu desempenho, contudo, não foi condicionado pelo estado físico. "Um grande médico e um ótimo preparador físico tomaram bem conta de mim."

Felipe Massa, ao seu lado, riu e o cutucou quando Hamilton explicou: "Acho que teve a ver (o espasmo) com o travesseiro, porque aconteceu apenas logo depois de eu acordar." Para o jornalista inglês que insistiu em conhecer detalhes, Massa respondeu, com Hamilton junto de si: "Ele perdeu meio segundo (por volta)."

A respeito da corrida, Hamilton, a exemplo de Heikki Kovalainen, o companheiro de McLaren, na Hungria, se excedeu: "Como as ultrapassagens são difíceis nessa pista, procurei manter-me próximo de Massa para tentar ultrapassá-lo no pit stop." Não disse que quando o piloto da Ferrari fez a primeira parada, na 15ª volta, duas antes da dele, a diferença era de 4 segundos e 836 milésimos em favor de Massa.

Robert Kubica, da BMW, sempre muito franco, lembrou um fato aos jornalistas, depois de obter o terceiro lugar. "Terminei no pódio, mas 37 segundos atrás de Massa e 31 de Hamilton. Em classificação voltamos a andar bem. Larguei em terceiro com mais gasolina que eles, mas em corrida estamos ainda bem longe."

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