A divulgação do calendário de 2012 por parte da Federação Para­­na­­ense de Futebol (FPF) pôs fim à esperança do Paraná de antecipar a Segunda Divisão do Estadual – a entidade confirmou o início da disputa para 1.º de maio. O campeonato termina em 31 de julho. Com isso, o Tricolor terá de conciliar o torneio com a Série B nacional, que também começa em maio.

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Assim, qualquer alteração nas datas, sem o consentimento de todos os clubes, pode gerar uma ação na Justiça Des­­por­­tiva, alternativa já levantada pelo Júnior Team, principal opositor à ideia.

Irredutível aos apelos paranistas, a FPF novamente transferiu para o clube a responsabilidade de encontrar uma maneira de disputar os dois campeonatos simultaneamente. "Eu sugiro que eles te­­nham um elenco maior, com 35 jo­­gadores. Nós, da Federação, va­­mos manter o campeonato como estava previsto", disse Amilton Stival, vice-presidente da entidade.

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Há, ainda, outra questão que o Tricolor terá de lidar. O artigo 27 do Regu­­lamento Geral da CBF exige um intervalo mínimo de 66 horas, tanto para os clubes quanto para os jogadores, entre cada partida. Pela norma, só em caso de partidas entre clubes de uma mesma cidade ou que distem entre si menos de 150 km, o intervalo entre as partidas poderá ser de 44 horas.

Regra que ganhou nova interpretação no regulamento da FPF. Para a entidade, "os intervalos podem ser reduzidos por determinação da Justiça Despor­­tiva ou por acordo entre os clubes, desde que não resulte em prejuízo de outro clube disputante, e que tenha o pedido deferido pela FPF". Para isso, no entanto, é preciso que cada jogador assine uma declaração se dispondo a entrar em campo.

A falta de compreensão revoltou a cúpula tricolor. "A responsabilidade não é do Paraná. A competição nacional prevalece sobre a estadual. Não tem como a Série Prata terminar em três me­­ses", disse Benedito Barboza, presidente do Conselho Deli­­be­­rativo do clube.