No último domingo (10), data do clássico paranaense entre Atlético e Coritiba, na Arena da Baixada, pelo Brasileirão, cada torcedor que pagou R$ 100 por ingresso para ver o duelo e automaticamente destinou R$ 5 para a Federação Paranaense de Futebol (FPF). Um total de R$ 18.342,75 que fez crescer o bolo que já chega a quase meio milhão de reais.
A cada jogo de um clube como mandante no Brasileirão, independentemente da divisão, as entidades regionais ficam com 5% de todas as receitas brutas de bilheterias. Ou seja, mesmo que a receita líquida para o time seja negativa, com os custos superando o dinheiro que entra, a Federação recebe.
O caso da Federação Paranaense de Futebol (FPF) ilustra bem essa mordida. Até esta quarta-feira (13), somando os jogos como mandantes de Coritiba, Atlético, Paraná, Londrina, Operário, PSTC e Foz, a FPF já ganhou R$ 485.459,45.
A maior parte saiu dos jogos da Série A. Só a dupla Atletiba já repassou durante o Brasileirão o valor de R$ 365.153,00 para a FPF. Um montante que ainda aumentará até o final do ano, quando a tendência é que os estádios fiquem mais cheios com os últimos jogos da competição e gerem bilheterias maiores.
A determinação que 5% da receita bruta seja destinada as federações estaduais é da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e está descrita no artigo 78 do Regulamento Geral das Competições da entidade.
“Os valores pagos anualmente em taxas têm contribuído para tornar o futebol cada vez mais caro, uma situação que reflete no consumidor final. Não falamos apenas das altas quantias pagas em jogos, mas também no registro de atletas e qualquer outra medida administrativa”, lembra o vice-presidente do Coritiba, Gilberto Gribeler.
“Além de administrar os altos salários de atletas, custos operacionais, impostos e outras obrigações já certas, precisamos considerar esta taxação. Mais um numerário para ser somado aos custos com arbitragem, bolas, ambulância, segurança e todo o aparato para realizar um partida, além da promoção dos jogos e torneios. Basta saber com qual finalidade este recurso será usado e se haverá benefício para o esporte ou para os clubes”, acrescenta o dirigente coxa-branca.
A Gazeta do Povo procurou a Federação para comentar o assunto, explicar a importância deste dinheiro arrecadado e como ele é investido em outras competições que normalmente não dão receita. Porém, a entidade informou que não comentaria o assunto.
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— Esportiva (@gpesportiva) September 13, 2017
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