Londres Roger Federer alcançou ontem mais uma marca incrível na carreira. Com a vitória sobre o espanhol Rafael Nadal, em uma final de alto nível parciais de 7/6, 4/6, 7/6, 2/6 e 6/3 , ele conquistou o 5.º título consecutivo do torneio de Wimbledon. Uma façanha só conseguida até então pelo sueco Bjorn Borg, que reinou na grama do All England Club de 1976 a 80.
O tenista suíço, número 1 do mundo há mais de três anos, chegou ao 11.º título de Grand Slam e, com apenas 25 anos, caminha para superar os 14 troféus do norte-americano Pete Sampras. Grandes nomes do esporte, como o próprio Borg que assistiu à final do Royal Box da quadra central e o norte-americano John McEnroe, já apostaram na quebra do recorde.
Na final de ontem, no entanto, Federer precisou jogar tudo o que sabe. Chamado de Rei do Saibro, Nadal revelou um impressionante desenvolvimento na grama e ameaçou seriamente a vitória do suíço, inclusive no quinto set, quando teve boas chances de quebrar o serviço do oponente por duas vezes.
Diante de tantas dificuldades e da importância da conquista, o número 1, imbatível em quadras de grama há 53 jogos, mostrou seu lado humano quando assegurou o título. Após cravar um smash no ponto final, fechando uma partida de 3 horas e 45 minutos, caiu no chão da quadra central e chorou de emoção. Momentos depois, recomposto, trocou o uniforme por um elegante blazer branco e calças compridas, para erguer o troféu e embolsar um cheque no valor equivalente a R$ 2,3 milhões.
"Todos os títulos são especiais, sem dúvida", disse Federer, que já foi campeão 49 vezes em sua carreira profissional, sendo quatro só neste ano: além de Wimbledon, o Aberto da Austrália e os torneios de Dubai e Hamburgo. "Estar com um troféu na mão é sempre muito bom."
Com sua habitual elegância, ele reconheceu que Nadal poderia ter vencido. "Tive mais sorte. Rafa jogou como um campeão", afirmou. Já o espanhol acredita que perdeu sua grande chance de vencer em Wimbledon. "Federer é fantástico. Ganhar cinco títulos seguidos não é fácil. Mas tive minhas chances", afirmou o vice-campeão, que reforçou o coro de elogios ao suíço: "Não sei se ele irá vencer 14, 15 ou 13, mas, sem dúvida, tem o melhor tênis de todos os tempos."
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