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Roger Federer segura seu quarto troféu de Aberto da Austrália, 16º em Grand Slam: suíço comemorou o fato de vencer seu primeiro grande título desde o nascimento de seus filhos, ano passado | Torsten Blackwood/AFP
Roger Federer segura seu quarto troféu de Aberto da Austrália, 16º em Grand Slam: suíço comemorou o fato de vencer seu primeiro grande título desde o nascimento de seus filhos, ano passado| Foto: Torsten Blackwood/AFP

Melbourne - O mestre está de volta. Roger Federer obteve seu 16.º título de Grand Slam, seu quarto na Aus­­trá­­lia, e seu domínio no tênis mas­­culino não mostra sinais de estar acabando. A longa espera dos britânicos continua. O fardo extra de 74 anos de expectativas foi demais para Andy Murray, incapaz de produzir seu melhor tênis quando faria a diferença. O escocês foi corajoso, mas Federer foi bom demais, vencendo a final do Aberto da Austrália em 6/3, 6/4 e 7/6 em 2h41min.

Foi mais uma aula do que uma partida de tênis. Na cerimônia de premiação Murray rompeu em lágrimas, como fez Fe­­derer ao vencer em 2006 e no ano passado, quando perdeu para Ra­­fa­el Nadal. "Consigo chorar co­­mo Roger, pena não conseguir jogar como ele", disse Murray.

A vez dele ainda pode chegar. Ele só tem 22 anos e já disputou duas finais de Grand Slam, no Aberto dos EUA dois anos atrás e agora em Melbourne. Nas duas ocasiões perdeu para Federer sem vencer um set, mas seus me­­lhores anos ainda estão adiante.

"Você é bom demais para não vencer um Grand Slam, então não se preocupe", disse Federer.

O jogo de Federer não é mais tão preciso, ele comete duplas faltas e manda a bola para as ar­­quibancadas como todo mundo. É um mortal no fim das contas. Mas seu domínio do jogo nunca foi maior. Ele pode não ser capaz de correr como alguns de seus ri­­vais mais jovens, mas sua habilidade para lidar com a pressão o mantém muito adiante do resto. Ra­­ramente isso foi mais bem ilus­­trado do que na final de ontem.

Murray entrou no jogo cheio de confiança e esperança depois de chegar à decisão jogando o melhor tênis de sua vida. Houve momentos em que foi capaz de frustrar Federer e fazer pressão sobre o número um do mundo, conquistando o público em trocas de bola hipnotizantes.

No primeiro set ele quebrou o serviço de Federer e novamente no terceiro set. Murray chegou a sacar para fechar o terceiro set no nono game e teve cinco set points no tiebreak, o que o teria levado a um quarto set, mas não conseguiu aproveitar as chances. Federer desperdiçou dois match points no tiebreak, mas fechou no terceiro graças a uma bola de Murray que morreu na rede.

"Estou nas alturas por vencer aqui de novo," disse Federer. "Acho que joguei meu melhor tênis nas últimas duas semanas. Também é especial por ser meu primeiro Grand Slam como pai. Não vejo a hora de eles me verem jogar, quem sabe no ano que vem."

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