Roger Federer conseguiu nesta sexta-feira o que pode ser considerada a maior façanha desta temporada até aqui. O tenista suíço bateu Novak Djokovic por 3 sets a 1, com parciais de 7/6 (7/5), 6/3, 3/6 e 7/6 (7/5), e encerrou uma incrível invencibilidade de 41 jogos do sérvio no ano, no qual ele ainda não havia sido derrotado. Com o resultado, o recordista de títulos de Grand Slam se garantiu na final de Roland Garros para enfrentar o espanhol Rafael Nadal na briga pelo título.
A derrota foi amarga para Djokovic também pelo fato de que um triunfo nesta sexta-feira garantiria a ele o topo do ranking mundial, que com a vitória de Federer permanecerá nas mãos de Nadal. O espanhol assegurou lugar na decisão em Paris ao bater o britânico Andy Murray por 3 sets a 0, também nesta sexta.
O feito de Federer foi tão expressivo que ao final do confronto ele vibrou como se tivesse conquistado um título e ergueu o dedo indicador como que estivesse lembrando a todos que ainda pode jogar como nos tempos em que dominou o tênis profissional.
Ao todo, Djokovic somava 43 vitórias seguidas, pois no final do ano passado ele obteve dois triunfos pela Copa Davis. O sérvio não sabia o que era uma derrota desde novembro, quando caiu justamente diante de Federer na semifinal do ATP Finals de Londres, torneio que reuniu os melhores tenistas da temporada passada.
Para completar, Djokovic ainda desperdiçou a oportunidade de igualar o recorde do norte-americano John McEnroe, que acumulou 42 vitórias consecutivas no início da temporada de 1984. O tenista número 2 do mundo também viu ruir o sonho de alcançar, pelo menos neste ano, o recorde absoluto de triunfos seguidos, que pertence ao argentino Guillermo Villas, com 46 ao total.
Pelas duas vitórias na Davis em 2010, Djokovic chegou a superar McEnroe no número total de triunfos seguidos. Com isso, ele se tornou o dono da terceira maior série invicta da Era Aberta do tênis, que existe deste 1968. Ele só perde para Villas e para o checo Ivan Lendl, que 44 jogos em sequência.
Nesta sexta-feira, Federer e Djokovic travaram um duelo de altíssimo nível, no qual o suíço voltou a exibir, diante daquele que vinha sendo o seu grande carrasco em 2011, o tênis que o consagrou. Ele vinha de três derrotas seguidas para o sérvio no ano, mas agora ampliou para 14 a 9 a vantagem no número de vitórias do retrospecto dos duelos com o adversário.
Para finalmente encerrar a série vitoriosa de Djokovic, o atual terceiro colocado do ranking mundial mostrou grande eficiência no saque. Com ele, o suíço obteve nada menos do que 18 aces e ganhou 77% dos pontos que disputou quando utilizou o primeiro serviço, contra 60% contabilizados pelo rival na mesma condição.
Mas o fato é que Federer foi mais feliz nos momentos decisivos, pois os números do jogo exibiram um grande equilíbrio. Federer obteve 48 winners, contra 40 de Djokovic, que por sua vez cometeu menos erros não-forçados (41 diante de 46 do suíço, que fez apenas 15 pontos a mais do que seu adversário no total).
Curiosamente, o número de quebras de saque obtidos pelos dois tenistas foi igual, com Federer aproveitando apenas quatro de 25 oportunidades, enquanto Djokovic venceu quatro games no serviço do suíço diante de 13 chances de converter break points.
Federer, por sua vez, também deu o troco em Djokovic depois de ter sido superado pelo adversário na semifinal do Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam do ano, em janeiro.
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