São Paulo (Folhapress) – Mal havia terminado de enxugar as lágrimas após conquistar o Aberto da Austrália, ontem, o suíço Roger Federer já estava com a cabeça bem longe. Mais precisamente 16.805 km, ou a distância que separa Melbourne de Paris, cidade que abriga o único torneio de Grand Slam que ele ainda não abocanhou: Roland Garros.

CARREGANDO :)

Apesar de levar um susto ao perder o primeiro set, Federer não teve dificuldade para despachar o cipriota Marcos Baghdatis por 3 a 1 (5/7, 7/5, 6/0 e 6/2) e manter 100% de aproveitamento em Grand Slams: venceu todas as sete finais que disputou.

"Foi uma vitória diferente. Acho que é por isso que estou tão sentimental", declarou, aos prantos, o número um do mundo. "Estava muito nervoso antes do jogo. Na verdade estava inacreditavelmente nervoso."

Publicidade

A declaração soa até estranha vindo do tenista que venceu 7 dos últimos 11 torneios de primeira linha que disputou. Mais: foi o terceiro troféu seguido de Grand Slam (ganhou Wimbledon e o Aberto dos EUA no ano passado).

"Me espanto toda vez que vou bem. Tenho sido bem consistente, ganhando tantos torneios importantes... É quase inacreditável", falou o suíço.

Mesmo tendo perdido, Baghdatis manteve o status de estrela em seu país. Centenas de pessoas lotaram a praça principal de Paramytha, cidade de seus pais, para assistir uma queima de fogos e festejos em homenagem ao tenista. Limassol, onde ele nasceu, também viu bandeiras serem hasteadas para homenagear Baghdatis, que eliminou Andy Roddick e David Nalbandian no Aberto da Austrália e agora vai virar nome de rua.

Seu desempenho no Grand Slam também rendeu elogios do presidente do Chipre, Tassos Papadopoulos. "Não vamos nos esquecer que ele está apenas começando", disse. "Foi tudo um sonho e acordei no final", lamentou o tenista.