Palmeiras reforça segurança e deixa aeroporto pela pista
Um clima de tensão era esperado para o desembarque da delegação do Palmeiras na manhã desta quinta, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, um dia depois de o time cair por 3 a 1 diante do Vasco e se complicar ainda mais em sua luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Porém, o local acabou não contando com a presença de torcedores e o esquema reforçado de segurança montado pelo clube e pela própria Polícia Militar se mostrou inútil, até pelo fato de que os jogadores deixaram o aeroporto pela pista e nem passaram pelo saguão de desembarque.
Cerca de 15 policiais militares, além de seguranças do Palmeiras se posicionaram no saguão para proteger os atletas de possíveis protestos. Entretanto, o clube resolveu mudar os planos iniciais que previam a passagem da equipe pelo saguão e, após receber autorização da Infraero, conseguiu fazer os jogadores deixarem o aeroporto pela pista de pouso, onde um ônibus apanhou os mesmos.
O temor por possíveis protestos fez a delegação palmeirense sair do local, inclusive, em um ônibus alugado e sem nenhuma identificação do clube, diferentemente do que normalmente acontece. Sem utilizar o veículo que estampa o símbolo e as cores da equipe, os atletas partiram em direção ao CT palmeirense.
Depois de ver o Palmeiras cair por 3 a 1 diante do Vasco, de virada, na noite da última quarta-feira (12), no Rio, e afundar ainda mais na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, o técnico Luiz Felipe Scolari confirmou que marcou uma reunião com a diretoria do clube para tratar do seu futuro e o do próprio time.
O treinador admite que está cada vez mais difícil livrar a equipe do risco de queda à Série B, mas evitou entregar os pontos antes do clássico deste domingo (15), contra o Corinthians, no Pacaembu, pela 25.ª rodada da competição nacional.
"Tempo (para reagir) não tem muito não. Time a gente tem, foi campeão da Copa do Brasil há dois meses, não pode o time que foi campeão da Copa do Brasil ter toda essa dificuldade agora. Alguma coisa vem acontecendo, e nós ainda vamos nos reunir, pelo menos com a direção, para ver o que podemos modificar e para ver se temos uma condição de ao menos tentar ganhar o próximo jogo", projetou.
Felipão segue acreditando que o Palmeiras pode emplacar uma sequência de bons resultados para deixar a zona de rebaixamento, mas o comandante admite que o desempenho que vem sendo exibido pelo time e as próprias estratégias adotadas por ele não estão surtindo o efeito desejado dentro de campo.
"Precisamos fazer alguma mudança para o Palmeiras melhorar. Continuar trabalhando forte, superando essa ansiedade e esses erros que cometemos, nós todos como grupo, precisamos buscar uma alternativa dentro de campo que nos permita uma primeira vitória uma segunda, um motivo para superar mais essa dificuldade que nos é apresentada", enfatizou.
Scolari ainda garantiu que não pensa em colocar o seu cargo à disposição e negou que tema ficar com uma "mancha" em seu currículo com a possível queda para a Série B do Campeonato Brasileiro, mas reconheceu que só continua no comando do Palmeiras por causa do prestígio que acumulou ao longo das suas duas passagens pelo clube.
Mas, com ou sem Felipão seguindo no comando, o certo é que o Palmeiras hoje está sete pontos atrás do Flamengo, primeiro time fora da zona de rebaixamento do Brasileirão, e sabe que apenas uma vitória interessa no clássico deste domingo. Um triunfo sobre os corintianos seria apenas a sexta vitória do time palmeirense nesta edição da competição, na qual a equipe ainda acumula cinco empates e 14 derrotas.
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