Felipão minimiza jejum de vitórias

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Londres

A ausência de vitórias no comando da seleção brasileira desde o seu retorno incomoda um pouco Luiz Felipe Scolari, mas ele lida com naturalidade com o momento e avisa que é um processo inevitável para o time. "Todos sabem que não existe atalhos para o sucesso de uma equipe. Vamos ter de vencer etapas e sei que estamos melhorando. Para chegar lá, temos de ir assim", explicou o treinador, após o empate por 1 a 1 com a Rússia, ontem, em Londres.

Desde que voltou ao comando do Brasil, o pentacampeão obteve ainda uma derrota (Inglaterra) e outro empate (Itália). Felipão fez questão de encarar adversários fortes nos amistosos preparatórios para a Copa das Confederações, mesmo sabendo das dificuldades que teria, e aproveitou para elogiar a Rússia, que endureceu para a seleção.

"É uma equipe bem organizada, bem posicionada, ainda não levou gol nas Eliminatórias", falou. "Pela posse de bola, dá para dizer que foi no mesmo nível do nosso jogo anterior. A Rússia marca mais que a Itália, fecha melhor e no futebol um vacilo dá ao adversário a chance do gol. Do jogo da Itália para esse jogo, o nível foi mantido", complementou ele, sobre o desempenho da equipe no último amistoso com a presença dos atletas que atuam na Europa antes da convocação para a Copa das Confederações.

O resultado poderia ter sido pior se não fosse pela eficiência de Fred. Ele garantiu o 1 a 1 aos 44 do segundo tempo, pois a Rússia abriu vantagem aos 27/2.º, com Fayzulin, aproveitando salseiro na área brasileira. O atacante do Fluminense é o destaque do retorno de Felipão à seleção, balançando a rede nos três jogos com a amarelinha "sob nova direção".

"O que me satisfez foi a reação da equipe, que não se desesperou, inverteu jogadas e ainda tivemos a chance de fazer nosso gol", comentou, citando a jogada que culminou no cruzamento de Marcelo para o arremate certeiro de Fred.

No meio de campo, Kaká ganhou uma chance de pleitear espaço no grupo, mas ficou devendo. Na frente, Neymar tampouco conseguiu brilhar no confronto. Hulk, caindo pelos lados, foi um dos poucos a levar perigo à meta russa.

Agora Felipão já começa a pensar no grupo para a Copa das Confederações. Em abril, a seleção fará um amistoso contra a Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra, e outro contra o Chile, no Mineirão, em Belo Horizonte. Ambos apenas com jogadores que atuam no país.

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