O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, revelou nesta terça-feira (9) que após a conquista do penta em 2002 pretendia fazer um trabalho de renovação semelhante ao que Mano Menezes está fazendo agora na seleção. Felipão esteve em Curitiba nesta terça-feira (9), no Teatro Positivo, em uma palestra sobre empreendedorismo na Copa 2014 para microempresários, a convite do Sebrae.
"Nós tínhamos a ideia de fazer aquilo naquela época, mas a direção da CBF achou que não era o momento de se colocar aquilo em prática. Então, de comum acordo, achamos que era a hora de sair e não renovar o contrato. Então fui para Portugal", contou o treinador.
Durante a palestra, Felipão também defendeu o conterrâneo gaúcho Dunga, técnico na campanha da Copa de 2010, em que o Brasil foi eliminado pela Holanda nas quartas de final. "A Copa tem vários níveis e fases. Vamos sempre desenvolvendo possibilidades. Mas os jogos têm 90 minutos e decidem a sorte da equipe. A seleção em 2010 foi muito bem preparada e estava bem, mas num jogo acabou tendo duas ou três desatenções", disse.
Felipão também comentou a importância de jogadores e comissão técnica estarem unidas na disputa de um Mundial. Bem como o fato de uma equipe, mesmo que seja favorita na disputa, ter de estar preparada para enfrentar adversidades durante a competição. "A equipe tem de ser montada para trabalhar aquilo que quer. Mas o futebol é imprevisível e tem de ter saídas para as situações. Todos no grupo têm de estar com o mesmo espírito, unidos", afirmou.
Sobre um possível retorno à seleção, o treinador foi evasivo, lembrando que havia recusado um convite antes de assumir o posto em 2001 e dizendo que prefere manter o foco no comando do Palmeiras. Mesmo assim, deu indícios de que pode retornar. "Uma vez eu disse não e depois assumi. Nunca mais digo nunca, mas, neste momento, só pretendo levar o Palmeiras para a Libertadores", concluiu, que venceu a competição sul-americana em 1995 pelo Grêmio e em 1999 pelo próprio Alviverde paulista.
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